EUA estão reconsiderando oposição a armar os rebeldes na Síria
O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, reconheceu nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão reconsiderando sua oposição a proporcionar armamento aos rebeldes que combatem o regime de Bashar al Assad na Síria.
"Armar os rebeldes é uma opção", disse Hagel em entrevista coletiva junto com seu colega britânico, Philip Hammond, na qual respondeu com "sim" a uma pergunta sobre se os EUA estão revisando sua negativa a armar os rebeldes sírios.
"Olhamos e repensamos todas as opções. Não significa que vamos fazê-lo, porque são opções que devem ser consideradas com os aliados, com a comunidade internacional. Mas temos uma responsabilidade de seguir avaliando opções", acrescentou Hagel.
Disse ainda que o presidente americano, Barack Obama, não tomou uma decisão a respeito e que ele mesmo não chegou a uma conclusão sobre como proceder.
"Estou a favor de explorar todas as opções e ver qual é a melhor opção, em coordenação com nossos aliados internacionais", ressaltou. "Esta não é uma situação estática".
Hagel reconheceu na semana passada que os serviços de inteligência americanos concluíram com "diversos graus de confiança" o uso de armas químicas, especialmente gás sarin, por parte do regime de Assad.
Obama tinha assinalado o possível uso de armas químicas como uma "linha vermelha" que o faria reconsiderar a opção militar, embora nesta terça-feira tenha pedido cautela antes de tomar uma decisão.
"Se apressamo-nos a emitir julgamento sem ter uma prova contundente e eficaz, podemos ver-nos em uma situação na qual não podemos mobilizar a comunidade internacional para apoiar o que fazemos", advertiu Obama.
Também nesta semana, o jornal "The Washington Post" informou que a Casa Branca já está considerando seriamente "passar a uma assistência que tenha diretamente um propósito militar" para inclinar a balança a favor dos rebeldes em uma batalha que custou a vida de mais de 70 mil pessoas em mais de dois anos.
Segundo o jornal, a Casa Branca tomará uma decisão definitiva sobre o envio de armas à oposição síria após a viagem na próxima semana do secretário de Estado, John Kerry, a Moscou, onde se reunirá com seu colega, Sergei Lavrov.
