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Oriente Médio

EUA e Irã retomam negociação sobre programa nuclear iraniano após alerta de Netanyahu

4 mar 2015 - 08h17
(atualizado às 08h35)
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Os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos e do Irã começaram um terceiro dia de conversações sobre o programa nuclear iraniano nesta quarta-feira, horas após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertar que o acordo em negociação era um grande erro.

Benjamin Netanyahu, premiê israelense, durante encontro em Washington.  03/03/2015
Benjamin Netanyahu, premiê israelense, durante encontro em Washington. 03/03/2015
Foto: Gary Cameron / Reuters

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, retomaram as conversas na cidade de Montreux, na Suíça, esperando entrar em um acordo até o final de março.

No entanto, o discurso controverso de Netanyahu no Congresso norte-americano na terça-feira, em que o premiê criticou severamente os esforços diplomáticos para resolver a disputa nuclear com o Irã, vai tornar difícil para Obama conseguir vender o possível acordo nos EUA.

Netanyahu argumentou que em vez de prevenir o Irã de ter armas nucleares, um acordo iria fazer "tudo, menos garantir" que o país um dia conseguisse uma bomba atômica, colocando Israel, a região e os interesses norte-americanos em risco.

O presidente dos EUA, Barack Obama, respondeu horas depois, dizendo que Netanyahu não ofereceu "alternativas viáveis" para o curso atual das negociações.

O Irã e potências mundiais estão tentando entrar em um acordo até o fim do mês, apesar das dúvidas de Israel, de parlamentares republicanos dos EUA e de alguns Estados do Golfo Pérsico. Tal acordo seria seguido de um acordo mais amplo até o fim de junho.

O objetivo das negociações é persuadir o Irã a restringir seu programa nuclear em troca de alívio de sanções que prejudicam a economia do país exportador de petróleo.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados, especialmente Israel, suspeitam que o Irã esteja usando seu programa nuclear civil como fachada para desenvolver armas nucleares. O Irã nega, dizendo que a pesquisa é para propósitos pacíficos, como gerar eletricidade.

(Reportagem de Arshad Mohammed)

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