EUA e Equador conversam sobre caso Snowden, diz chanceler
O governo dos EUA contactou o Equador sobre o caso Edward Snowden, ao qual Quito considera conceder asilo político depois que o ex-analista de inteligência foi acusado de espionagem em seu país, disse nesta terça-feira o ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño.
"O Departamento de Estado dos EUA enviou uma mensagem ao governo do Equador, à nossa chancelaria em Quito, a respeito do tema do senhor Snowden", disse Patiño, em declaração à imprensa no Vietnã, onde está de visita oficial.
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"Como essa mensagem é apenas verbal até agora, pedi que a enviassem por escrito para poder considerá-la quando estivermos analisando o pedido de asilo do senhor Snowden", acrescentou o chanceler, sem dar detalhes.
Uma fonte diplomática americana consultada pela AFP em Quito confirmou que ambos os governos mantêm contatos sobre a situação do ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), que fez explosivas revelações de espionagem eletrônica sobre os serviços de inteligência dos Estados Unidos.
"Posso confirmar que, sim, estamos em comunicações com o governo equatoriano, mas não posso dizer seu conteúdo, são comunicações diplomáticas", completou a mesma fonte.
Desde domingo, Snowden está na zona de trânsito do aeroporto de Moscou, confirmou o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça.
O americano, que pode ser condenado a 30 anos de prisão, chegou à capital russa procedente de Hong Kong, onde estava refugiado desde 20 de maio.
Os EUA exigem da Rússia a entrega de Snowden, que teve seu passaporte cancelado, mas entre os dois países não existe um tratado de extradição. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Caitlin Hayden, declarou hoje que, embora não exista esse acordo, há "uma clara base legal para expulsar Snowden" da Rússia.
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