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Oriente Médio

EUA e Hezbollah condenam morte de bebê palestino em ataque

Hezbollah disse que "este assassinato é a encarnação do verdadeiro terrorismo vingativo" e responsabilizou Netanyahu

31 jul 2015 - 13h56
(atualizado às 16h53)
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No incêndio, provocado após o lançamento de coquetéis molotov a dois imóveis de Duma, o bebê Ali Dawabsheh, de 18 meses, morreu e seu pai, Saad, de 32 anos, sua mãe, Reham, de 27, e seu irmão Ahmad, de 4, ficaram gravemente feridos.
No incêndio, provocado após o lançamento de coquetéis molotov a dois imóveis de Duma, o bebê Ali Dawabsheh, de 18 meses, morreu e seu pai, Saad, de 32 anos, sua mãe, Reham, de 27, e seu irmão Ahmad, de 4, ficaram gravemente feridos.
Foto: Twitter

Os Estados Unidos condenaram nesta sexta-feira o assassinato de um bebê palestino em um ataque de supostos colonos judeus extremistas no norte da Cisjordânia e pediram a israelenses e palestinos para manterem a calma e evitar uma escalada de tensão após o "trágico" fato.

"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis o impiedoso ataque terrorista da noite passada na cidade palestina de Duma", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner, em comunicado.

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No incêndio, provocado após o lançamento de coquetéis molotov a dois imóveis de Duma, o bebê Ali Dawabsheh, de 18 meses, morreu e seu pai, Saad, de 32 anos, sua mãe, Reham, de 27, e seu irmão Ahmad, de 4, ficaram gravemente feridos.

"Expressamos nossas mais profundas condolências à família Dawabsheh e também dedicamos nossas orações para uma recuperação rápida dos feridos. Os Estados Unidos comemoram a ordem do primeiro-ministro (israelense, Benjamin) Netanyahu para que as forças de segurança israelenses usem todos os meios a sua disposição para prender os assassinos e levá-los à Justiça", disse Toner.

"Crime atroz", diz Hezbollah 

O grupo xiita libanês Hezbollah repudiou, também nesta sexta-feira, o "crime atroz" cometido contra o bebê palestino. Em comunicado, o Hezbollah disse que "este assassinato é a encarnação do verdadeiro terrorismo vingativo dos colonos sionistas através de terríveis crimes contra o povo palestino"

O grupo xiita responsabilizou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pela morte do bebê no incêndio. "Netanyahu e seu governo são os responsáveis diretos dos colonos e dos funcionários envolvidos nos crimes que todos os dias são cometidos contra o povo palestino e os outros de nossa nação", diz o comunicado.

Netanyahu liga para Abbas

Em um ato pouco habitual, Netanyahu ligou hoje para o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para transmitir suas condolências pelo assassinato do bebê e pedir para "lutar juntos contra o terrorismo".

Horas antes da ligação, Abbas denunciou a impunidade dos crimes israelenses contra seu povo e afirmou que o assassinato do bebê é um "crime de guerra" e será levado, junto com outros ataques, à justiça internacional.

"Falando com franqueza, este crime foi cometido pelo governo israelense porque estimula a colonização e a expande em todas partes da Cisjordânia e de Jerusalém. Isso, claramente, encoraja esses colonos criminosos a fazer o que estão fazendo", acusou Abbas.

EFE   
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