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Oriente Médio

Estado Islâmico executa 300 servidores eleitorais em Mossul

8 ago 2015 - 14h11
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Membros do grupo Estado Islâmico (EI) executaram a tiros neste sábado ao menos 300 servidores do Comitê Supremo Eleitoral do Iraque em um acampamento militar da cidade de Mossul, denunciaram fontes de segurança e testemunhas.

O porta-voz oficial da Multidão Nacional, uma força militar da província de Ninawa, cuja capital é Mossul, Mahmoud al Sauaryi, disse à Agência Efe que cerca de 50 dos fuzilados eram mulheres.

Por outro lado, o escritório nacional da Comissão Eleitoral indicou em comunicado que os jihadistas degolaram outro grupo de servidores do órgão em Mossul.

A Comissão Eleitoral pediu à comunidade internacional, à ONU e às organizações de direitos humanos que "intervenham imediatamente para deter o massacre e os crimes contra o povo iraquiano".

Familiares das vítimas disseram à Efe que os jihadistas comunicaram a morte de seus parentes, mas não entregaram os corpos. A informação teria sido repassada por Mahmoud Salam, encarregado de elaborar as listas de assassinados pelo grupo.

Salam revelou que as vítimas foram condenadas por serem "apóstatas e infiéis" e por isso receberam "um justo castigo por um tribunal da sharia (lei islâmica)" estabelecida pelos radicais.

Os familiares acrescentaram que o representante do EI garantiu que divulgará uma lista que contem 500 nomes de pessoas que foram assassinadas em Mossul recentemente.

Há dois dias, o governador de Ninawa, Ezel Nuyaifi, denunciou a execução de 2.070 pessoas pelas mãos do EI em Mossul em duas semanas, um número corroborado por outros líderes iraquianos, como o presidente do parlamento, Selim al Jabouri.

Além disso, um responsável de segurança da União Patriótica do Curdistão, Hukar al Yaf, disse à Efe que os jihadistas lançaram há 20 dias uma campanha maciça de prisões que está afetando toda a cidade de Mossul. Só ontem teriam sido detidos 50 policiais.

O EI tomou o controle de Mossul no dia 10 de junho do ano passado. Desde então, ampliou o controle a outras cidades do norte do Iraque, declarando um califado na região e em outros territórios controlados na Síria.

EFE   
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