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Oriente Médio

EI captura piloto sírio de caça derrubado perto de Damasco

A área é controlada pelo Estado Islâmico, que ontem reivindicou a autoria da derrubada do avião

23 abr 2016 - 06h09
(atualizado às 13h46)
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Combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) capturaram o piloto do exército sírio que teve seu caça derrubado na noite de sexta-feira (22) em uma área ao leste de Damasco, informaram neste sábado (23) ativistas sírios e a agência de notícias dos jihadistas, Amaq.

O piloto, identificado como Azzam Aid e natural de Hama, foi capturado ao aterrissar com seu paraquedas a 30 quilômetros do Monte Dakua, na periferia da capital síria, informou a agência. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) indicou, por sua vez, que a captura aconteceu depois de várias horas nas quais os jihadistas entraram na região em busca do militar.

Foto: aydinmutlu / iStock

A área do monte Dakua é controlada pelo EI, que ontem reivindicou a autoria da derrubada do avião e publicou um vídeo para mostrar os destroços da aeronave.

Além disso, em um comunicado divulgado ontem à noite em sites jihadistas na internet, foi detalhado que o caça abatido é um Mig 23, que foi atingido por baterias antiaéreas do EI depois que decolou do aeroporto de Al Dumair.

Em Al Dumair, onde há vários quartéis militares sírios abandonados, existe a presença tanto de forças governamentais, como do EI e do Exército Livre da Síria, que luta ao mesmo tempo contra os jihadistas e o regime.

No início deste mês, os integrantes do EI lançaram uma ofensiva em Al Dumair e mantiveram como reféns, durante vários dias, cerca de 300 trabalhadores de uma cimenteira.

Tanto o EI como grupos rebeldes sírios derrubaram vários caças da aviação militar do regime desde o início do conflito em março de 2011.

Um dos casos de maior repercussão foi a captura pelo EI do piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, em dezembro de 2014, que foi queimado vivo pelos jihadistas dois meses depois.

O EI não faz parte do cessar-fogo vigente desde 27 de fevereiro entre o regime e a oposição, que cada vez é mais frágil diante do aumento das hostilidades.

O mediador da ONU nas negociações de paz para a Síria, Staffan de Mistura, disse ontem que a trégua atravessará "grandes problemas" se não houver progressos com mais rapidez.

EFE   
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