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Oriente Médio

Estado Islâmico assume atentados com mais de 30 mortos no Iêmen

17 jun 2015 - 16h51
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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou os atentados cometidos nesta quarta-feira em Sanaa, capital do Iêmen, contra mesquitas xiitas e contra a casa de um líder rebelde huthi.

Pelo menos 31 pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas, de acordo com fontes médicas.

Segundo testemunhas e fontes de segurança, cinco carros-bomba foram usados na ofensiva em Sanaa. Dois deles explodiram na entrada de mesquitas, e um terceiro teve como alvo a casa do chefe do comitê político dos rebeldes huthis, Saleh al Sammad. Outros dois carros também foram detonados perto de duas mesquitas, no momento em que os fiéis entravam para orar à noite.

Em um comunicado divulgado em sites islamitas na Internet, o grupo assumiu a autoria desses ataques, cometidos na véspera do começo do mês de jejum do Ramadã.

As mesquitas atingidas nesta quarta foram as de Al-Hachuch, Al-Kibissi, Al-Tayssir e Al-Quba al-Khadra, acrescentaram as testemunhas e fontes de segurança consultadas pela AFP.

Al-Hachuch já havia sido alvo de um atentado reivindicado em março passado pelo EI. Esse ataque suicida e outros dois lançados contra mesquitas deixaram, juntos, 142 mortos, um dos piores balanços no país.

Depois desses ataques, os primeiros assumidos pelo EI no Iêmen, o grupo jihadista ameaçou os rebeldes huthis.

Nesta quarta-feira, em Genebra, a ONU realiza uma mesa de diálogo para tentar convencer as partes em conflito para que iniciem negociações. Ainda não houve qualquer progresso.

Segundo a ONU, desde maio passado, o conflito deixou 2.600 mortos no Iêmen. É catastrófica a situação humanitária neste país pobre da península arábica.

Os ataques aéreos não conseguiram conter o avanço dos rebeldes, que, além de Sanaa, controlam uma grande área de Áden, segunda maior cidade do país, assim como amplas porções de outras províncias.

Uma coalizão árabe dirigida pela Arábia Saudita, onde está instalado o governo no exílio de Abd Rabo Mansur Hadi, bombardeia desde o final de maio as posições dos rebeldes xiitas huthis. O movimento conta com o apoio do Irã e de forças leais ao ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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