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Oriente Médio

Espionagem de Israel nos EUA supera limites, diz revista

Segundo as informações da publicação, os segredos industriais e tecnológicos americanos são o principal alvo da espionagem israelense

7 mai 2014 - 14h11
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Na imagem, Benjamin Netanyahu de Israel, e Barack Obama, dos Estados Unidos, em encontro em Jerusalém (arquivo)
Na imagem, Benjamin Netanyahu de Israel, e Barack Obama, dos Estados Unidos, em encontro em Jerusalém (arquivo)
Foto: AP

Israel espiona os Estados Unidos mais que qualquer outro aliado, e esta vigilância ultrapassa os limites, afirmou a revista Newsweek.

Segundo as informações da publicação, os segredos industriais e tecnológicos americanos são o principal alvo da espionagem israelense, segundo a revista, que cita reuniões confidenciais sobre uma legislação que aliviaria as restrições de vistos para os cidadãos israelenses.

Um membro do Congresso que compareceu a uma reunião de informação em janeiro chamou o testemunho de "muito deprimente...alarmante...até aterrorizante", enquanto outro considerou o comportamento israelense "prejudicial", segundo a Newsweek.

"Nenhum outro país próximo aos Estados Unidos continua a ultrapassar a linha da espionagem como os israelenses", afirmou um ex-congressista que participou de outra reunião confidencial no fim de 2013, destacou a revista.

Segundo o ex-membro do Congresso, os serviços de inteligência não revelaram mais detalhes, mas citaram "pessoas de espionagem industrial, que viajam aos Estados Unidos em missões comerciais, ou com empresas israelenses que trabalham em colaboração com empresas americanas, ou agentes do serviço secreto sob ordens do governo, que presumo queriam dizer da embaixada (de Israel)".

As atividades de espionagem de Israel nos Estados Unidos não têm comparação com as de outros aliados, como Alemanha, França, Grã-Bretanha e Japão, afirmaram os agentes de contraespionagem aos integrantes da Comissão de Assuntos Judiciais e de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes, de acordo com a Newsweek.

"Não acredito que estas revelações sejam uma surpresa para ninguém", disse o ex-congressista.

"Mas quando você volta atrás e ouve... que não há outros países se aproveitando da nossa relação de segurança da forma como os israelenses fazem para fins de espionagem, é muito chocante", acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, negou estas acusações.

"Estamos falando de mentiras e falsidade, simplesmente de uma calúnia sem fundamento e improcedente", declarou.

Lieberman acrescentou que Israel não estava envolvido em nenhuma forma de espionagem contra os Estados Unidos, seja de natureza direta ou indireta.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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