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Oriente Médio

Espanha expulsa embaixador da Síria após massacre em Hula

29 mai 2012 - 08h55
(atualizado às 10h02)
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A Espanha expulsou nesta terça-feira o embaixador sírio em Madri, Hussam Edin Aala, assim como outros quatro diplomatas da legação, em protesto pela "inaceitável repressão exercida pelo regime sírio sobre sua população", anunciou o ministério das Relações Exteriores. "A Espanha decidiu hoje (terça-feira) declarar persona non grata o Embaixador da Síria na Espanha, o Sr. Hussam Edin Aala, pela inaceitável repressão exercida pelo regime sírio sobre sua população", afirma um comunicado do ministério, que acrescenta que "o governo também decidiu expulsar outros quatro membros da missão diplomática da Síria na Espanha".

Com um minuto de diferença, duas fortes explosões sacudiram às 8h locais (2h de Brasília) o sul da capital síria, Damasco, em horário de grande movimento, e deixaram mais de 50 mortos
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Foto: AP

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"Convocamos o embaixador sírio em Madri para comunicá-lo sobre sua expulsão do território nacional. O governo da Espanha quer com este gesto manifestar sua repulsa pelo massacre deste fim de semana em Houla, no qual, segundo nossas informações, o exército sírio utilizou artilharia pesada", declarou de Londres o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo.

"Com esta medida (a expulsão), a Espanha deseja transmitir ao regime sírio sua firme rejeição à escalada de violência perpetrada contra a população civil", acrescentou o comunicado divulgado em Madri pela chancelaria, que dá um prazo de três dias aos expulsos para sair da Espanha. A Espanha se une assim à França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Austrália e Canadá, que tomaram uma decisão idêntica nesta terça-feira em resposta ao massacre de Houla, ocorrido na última sexta-feira e no qual morreram 108 pessoas, entre elas dezenas de crianças.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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