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Oriente Médio

Equipe da ONU encontra provas "claras" de uso de gás sarin na Síria

16 set 2013 - 12h13
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Os inspetores da ONU encontraram provas "claras e convincentes" do uso de gás sarin no ataque perpetrado em 21 de agosto nos arredores de Damasco, na Síria, no qual morreram cerca de 1.400 pessoas.

A constatação foi feita pelos analistas independentes na primeira página do informe elaborado a partir das evidências coletadas pela equipe liderada pelo professor Ake Sellstrom durante visita à Síria no final de agosto.

Os inspetores asseguram que as amostras químicas, médicas e ambientais recolhidas no terreno fornecem provas "claras e convincentes" de que neste dia foram usados foguetes terra-terra com o agente sarin.

"A conclusão é que no conflito na Síria foram usadas armas químicas contra civis, incluídos menores de idade, em uma escala relativamente grande", afirmaram os inspetores das Nações Unidas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que recebeu ontem o relatório das mãos do professor Sellstrom, deve se reunir com os membros do Conselho de Segurança e fará um pronunciamento a partir das 13h50 (de Brasília).

O relatório chega dois dias depois dos Estados Unidos e Rússia chegarem a um acordo para dar ao regime de Bashar al Assad um prazo de sete dias para fazer um inventário de seu arsenal químico e para que até em meados de 2014 ele seja destruído.

França, Estados Unidos e o Reino Unido pediram hoje ao Conselho de Segurança da ONU que aprove uma "resolução forte" sobre o conflito na Síria "que preveja consequências sérias" se o acordo não for cumprido.

Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, criticou o pedido ocidental de uma "resolução forte" contra a Síria ao considerar que foge do estipulado com o secretario de Estado dos EUA, John Kerry, em Genebra.

O ministro sírio de Informação, Omran al-Zoubi, disse que seu país "cumprirá" com uma resolução do Conselho de Segurança, que aceita a proposta russa para desmantelar seu arsenal e que se unirá à Convenção sobre Armas Químicas.

EFE   
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