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Oriente Médio

Emissário pede unidade sobre Síria ao Conselho de Segurança da ONU

19 abr 2013 - 14h40
(atualizado às 14h58)
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<p>Mediador para a S&iacute;ria, Lakhdar Brahimi, afirmou que Assad n&atilde;o est&aacute; disposto ao di&aacute;logo</p>
Mediador para a Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou que Assad não está disposto ao diálogo
Foto: U / Reuters

O enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, solicitou ao Conselho de Segurança da ONU que atue unido para deter o conflito sírio, embora não tenha esclarecido se seguirá no cargo de mediador internacional. Os rumores sobre uma eventual renúncia de Brahimi circulam desde que ele foi alvo de fortes críticas de parte dos meios de comunicação oficiais sírios e após a Liga Árabe conceder à oposição o assento sírio.

Segundo fontes diplomáticas, Brahimi recapitulou perante os embaixadores dos 15 países membros do Conselho de Segurança os últimos acontecimentos na Síria, constatando que o presidente Bashar al-Assad não está disposto ao diálogo, razão pela qual a única alternativa seria que o Conselho alcançasse unanimidade para agir.

O Conselho de Segurança continua dividido sobre a crise síria. Rússia e China bloqueiam todas as iniciativas ocidentais para pressionar Damasco desde o início da crise, em março de 2011.

Em uma recente entrevista à rede de televisão oficial Al-Ikhbariya, Assad afirmou que seu regime não tem outra opção a não ser a vitória e deu a entender que poderia se apresentar novamente como candidato presidencial ao término de seu mandato em 2014. A respeito, Brahimi sugeriu que os países que gozam de certa influência sobre o governo de Damasco - referindo-se implicitamente à Rússia - peçam que não o faça, disse um diplomata.

Por sua vez, Brahimi não "disse nada preciso sobre seu futuro, mas não deu a impressão de que tem a intenção de renunciar imediatamente" ao cargo, acrescentou a fonte.

Outro diplomata que falou antes da reunião do Conselho ressaltou que Brahimi "continua sendo útil porque simboliza a possibilidade de um acordo político" para o conflito. "Esperamos que continue no cargo e o encorajamos a fazê-lo".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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