EI defende guerra santa durante mês do Ramadã
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que controla vastas regiões no Iraque e na Síria, apelou nesta terça-feira aos muçulmanos de todo o mundo para que se engajem na "guerra santa" contra os "infiéis" durante o mês do Ramadã.
"Os melhores atos que nos aproximam de Deus estão na jihad, então vamos acorrer durante este mês sagrado para invadir e cair como mártires", disse Abu Mohamed al-Adnani, porta-voz oficial do Estado Islâmico.
O Ramadã, que começou no dia 17 de junho, é observado pelos muçulmanos de todo o mundo com penitência e orações.
"Muçulmanos e jihadistas por todo o mundo, façam com que o Ramadã seja um mês de sofrimento para os infiéis", conclamou Al-Adnani na Internet.
Reunindo dezenas de milhares de homens e responsável por atrocidades, o EI controla vastas áreas do Iraque e da Síria, e se aproveitou do caos na Líbia para se instalar no país. O grupo também reivindicou atentados no Iêmen, Tunísia e Egito.
O departamento americano de Estado oferece uma recompensa de cinco milhões de dólares por informações sobre o líder jihadista.
Al-Adnani reafirmou o apelo do chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, aos habitantes que fugiram da província ocidental iraquiana de Al-Anbar, controlada em parte pelo EI, para que "voltem a seus lares".
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 250 mil pessoas fugiram entre abril e junho da região de Ramadi, em Al-Anbar, invadida pelo EI em maio.
Al-Adnani também deu uma "última chance" aos membros das tribos, soldados e policiais que queiram se "arrepender" e depor suas armas em sinal de boa vontade.
O jihadista citou particularmente a tribo dos Jughaifa, atualmente sitiada na cidade de Haditha, em Al-Anbar, sob a ameaça de "destruição total".