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Oriente Médio

Dezenas de corpos de pessoas executadas são encontrados na Síria

24 ago 2012 - 09h48
(atualizado às 09h58)
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Dezenas de corpos de pessoas executadas de forma sumária foram encontrados durante as últimas 24 horas na Síria, enquanto Aleppo e outras cidades do norte continuavam sendo alvo de bombardeios por parte das tropas do regime, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

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Como todas as sextas-feiras desde que tiveram início as revoltas de março de 2011, os rebeldes convocaram manifestações através do país, desta vez sob o slogan "Não fique triste, Deraa. Deus está conosco", em alusão à província rebelde do sul, palco de repetidos ataques dos soldados de Bashar al-Assad.

Em Damasco, em Aleppo e assim como em outras regiões afetadas pelas violências, mais de 50 corpos de pessoas baleadas foram encontrados nas últimas 24 horas. Estas descobertas macabras se multiplicam sem que os militantes tenham condições de identificar as vítimas.

Ao menos dezesseis pessoas, entre elas oito mulheres, morreram no bombardeio nesta sexta-feira de dois edifícios no leste da Síria, segundo ainda o OSDH.

"A aviação e a artilharia bombardearam dois edifícios em Mayadin (leste da Síria). Dezesseis pessoas, entre elas oito mulheres, morreram", afirmou esta ONG que recebe suas informações de uma ampla rede de testemunhas e militantes.

Por outro lado, um jornalista americano freelancer está desaparecido na Síria há mais de uma semana, informou, por sua vez, The Washington Post.O Post e o grupo de jornais McClatchy perderam contato com Austin Tice, jornalista e fotógrafo de 31 anos que estava cobrindo a revolta na Síria contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

Segundo o Washington Post, Tice - um ex-fuzileiro naval dos EUA - entrou na Síria em maio pela Turquia e, depois de viajar inicialmente com soldados rebeldes, seguiu por conta própria para Damasco.Os deslocamentos dos jornalistas estrangeiros na Síria estão submetidos a fortes restrições.

Uma semana depois de sua nomeação como mediador para a Síria, Lakhdar Brahimi se reunirá durante a tarde com o secretário-geral da ONU, Ban Ki moon. O regime sírio afirmou que cooperará com o diplomata argelino para lançar um "diálogo nacional o quanto antes possível".

Por fim, a França evocou a possibilidade de instaurar uma zona de exclusão aérea em uma parte da Síria, considerando que esta hipótese merece ser analisada.

A oposição pede que esta zona, seguindo o modelo da zona instaurada na Líbia durante a revolta que derrubou o líder líbio Muamar Kadhafi, seja estabelecida principalmente no norte, na fronteira com a Turquia.

A instauração desta zona de exclusão aérea, no entanto, precisa de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, e dificilmente receberá o apoio da Rússia, aliado da Síria.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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