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Oriente Médio

Dalai Lama aguarda reforma política após transição na China

5 nov 2012 - 08h43
(atualizado às 18h23)
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O futuro líder chinês, Xi Jinping, não terá alternativa senão iniciar reformas políticas duradouras, assim como já ocorreu com as reformas econômicas, disse nesta segunda-feira o Dalai Lama, líder espiritual tibetano no exílio. Xi, atual vice-presidente, deve substituir o presidente Hu Jintao como secretário-geral do Partido Comunista, durante o congresso do partido que começa na quinta-feira. Em março, ele deve assumir a presidência, encerrando uma transição que acontece a cada dez anos no regime chinês.

Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, brinca com orelhas de fotógrafo durante coletiva em Yokohoma
Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, brinca com orelhas de fotógrafo durante coletiva em Yokohoma
Foto: Reuters

"Agora a era de Hu Jintao é passado, agora Xi Jinping está chegando como presidente. Acho que não há alternativa exceto alguma mudança política, portanto uma reforma política. A reforma econômica já está aí", disse o Dalai Lama a jornalistas em visita ao Japão. Ele admitiu que as reformas econômicas resultaram em benefícios para a China, mas disse que o recurso à força por parte das autoridades contraria seu objetivo de criar uma "sociedade harmoniosa". "Usar a força acarreta suspeita, medo. Isso é o contrário de harmonia".

A China acusa o Dalai Lama de ser separatista e de estimular protestos contra o domínio chinês sobre o Tibete, incluindo mais de 60 autoimolações na região e seus arredores desde março de 2011. Por outro lado, o Dalai Lama nega ser um separatista e diz que só deseja uma autonomia significativa para a sua região montanhosa. O líder budista afirmou esperar que, se a China se democratizar, isso ajudará a resolver atritos com seus vizinhos, como a disputa territorial entre China e Japão por causa de várias ilhas.

As relações sino-japonesas se deterioraram fortemente desde setembro, quando o governo japonês nacionalizou ilhas reivindicadas por Pequim, o que motivou protestos anti-Japão em várias partes da China. Autoridades ministeriais dos dois países disseram se reuniram na segunda-feira na China e decidiram manter seu diálogo.

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