Cúpula árabe no Egito para falar de força militar conjunta e do Iêmen
A cúpula anual dos chefes de Estado da Liga Árabe, com foco na criação de uma força militar conjunta, abriu neste sábado em Sharm el Sheikh, Egito, coincidindo com a ofensiva liderada pelos sauditas no Iêmen contra uma milícia xiita.
A cúpula foi aberta na presença do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, que presidirá as discussões, e do chefe do estado iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi, entre outros, observou a AFP.
Pouco depois de iniciar a reunião, al-Sissi renovou seu apelo à criação de uma força combinada pan-árabe para lidar com ameaças "sem precedentes".
"Há uma ameaça sem precedentes para a identidade árabe (...) a ameaça que, caso se estenda, romperá esta nação (árabe)", disse al-Sissi na reunião, onde é esperada a aprovação de uma força conjunta.
Há várias semanas a Liga Árabe vem considerando "urgente" a necessidade de criar uma força militar árabe para "combater os grupos terroristas", começando pelo Estado Islâmico, que controla diversas áreas no Iraque e na Síria e também é ativa no Sinai egípcio e na Líbia.
No entanto, a agenda foi precipitada pela campanha aérea contra os rebeldes xiitas no hutis no Iêmen, lançado na quinta-feira pela Arábia Saudita.
Às forças Riad se juntaram vários países do Golfo e do Egito, que temem uma expansão da influência iraniana na região através dos rebeldes iemenitas.
O presidente Hadi, que se refugiou em Aden (sul) após a tomada da capital iemenita, Sanaa, no início deste ano pelos hutis, esteve presente no sábado na abertura da cúpula junto ao rei saudita Salman bin Abdel Aziz e al-Sissi.
Também estão presentes o emir do Kuwait, os reis da Jordânia e do Bahrein, os presidentes da Tunísia e da Autoridade Palestina, o chefe do Parlamento líbio reconhecido pela comunidade internacional e o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.