Crise na Síria representa grandes ameaças à região, diz ONU
O mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, que na segunda-feira irá comparecer perante o Conselho de Segurança da ONU, e o secretário-geral do órgão, Ban Ki-moon, alertaram que o agravamento da crise no país árabe representa uma "ameaça cada vez maior" para toda região. "Ambos consideram que a piora da crise na Síria representa uma ameaça cada vez maior à paz e a segurança da região", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, em comunicado divulgado neste domingo.
Na reunião realizada por Brahimi e Ban no sábado, o representante especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria sublinhou a oportunidade que vários chefes de estado e governo terão para evidenciar a gravidade de uma crise que dura mais de um ano e meio. "Os próximos dias serão ótimos para tentar estimular um apoio maior perante a grave crise humanitária que a Síria vive e seu impacto nos países vizinhos", acrescentou o comunicado.
A primeira missão de Brahimi como sucessor de Kofi Annan foi viajar para Damasco, onde se reuniu com o presidente Bashar Al-Assad e membros da oposição. Depois disso, o mediador também foi ao Egito e visitou vários campos de refugiados na Turquia e Jordânia.
O mediador iniciou seu trabalho como substituto de Annan em 1° de setembro e enfrenta uma situação cada vez mais grave na Síria, assim como nos países vizinhos. Brahimi também enfrenta problemas porque o Conselho de Segurança segue dividido e paralisado perante um conflito que a ONU não prevê um fim.
A agenda preparada pela ONU para a Assembleia Geral não inclui nenhuma reunião para tratar concretamente do conflito na Síria, mas espera-se que a cúpula do Oriente Médio, que planejada para quarta-feira, 26 de setembro, sirva para que seus membros exponham suas distintas visões. Além disso, os Estados Unidos convocaram uma reunião com o Grupo de Amigos da Síria para a próxima sexta-feira, 28 de setembro, na cidade de Nova York.