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Oriente Médio

Coreias anunciam planos para retomar diálogo

6 jun 2013 - 09h52
(atualizado às 10h02)
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As Coreias do Norte e do Sul anunciaram nesta quinta-feira que planejam manter conversações pela primeira vez desde fevereiro de 2011, sinalizando tentativas de reparar relações rompidas há vários meses.

Por várias semanas, no início do ano, a Coreia do Norte desencadeou um fluxo quase que diário de ameaças contra o Sul e seu aliado, os Estados Unidos, prometendo atacá-los com armas nucleares.

As tensões na península coreana chegaram ao ponto mais alto em décadas, mas diminuíram desde o encerramento dos exercícios militares conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, no final de abril.

A agência estatal de notícias norte-coreana, a KCNA, divulgou um comunicado do governo nesta quinta-feira propondo negociações com Seul para a normalização de projetos comerciais, incluindo a zona industrial conjunta que foi fechada no auge das tensões, no início de abril.

O comunicado também diz que o país poderia restaurar os canais de comunicação com o Sul, que foram cortados durante a crise, se for aceita a oferta de negociações, indicando assim que o governo norte-coreano está preparado para reverter uma série de medidas hostis adotadas quando as relações se deterioraram.

O governo da Coreia do Sul disse que a proposta foi positiva. Detalhes sobre a data e a pauta de negociações serão anunciados posteriormente.

"A Coreia do Sul considera de modo positivo a oferta e espera que as negociações possam ser uma oportunidade para construir a confiança entre as duas Coreias", disse o porta-voz do Ministério da Unificação, que supervisiona os laços como Norte, Kim Hyung-suk.

O comunicado da Coreia do Norte, assinado pelo Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, órgão que gerencia as relações com o Sul, também propôs discutir a reabertura de passeios turísticos num resort montanhoso e reuniões de famílias separadas pela divisão do país, bem como a realização de eventos para comemorar a realização da cúpula de 2.000, a qual reuniu os líderes dos dois países e deu início a uma década de aproximação.

A Coreia do Sul propôs anteriormente conversações com o Norte sobre a reabertura da zona industrial de Kaesong, mas os sul-coreanos relutam em ligar essas negociações com a comemoração da cúpula, dizendo que a Coreia do Norte poderia tentar usá-las para propaganda.

Em dezembro, a Coreia do Norte intensificou seu desafio às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, lançando um foguete a partir do qual foi colocado em órbita um satélite científico, segundo informou o país. Críticos dizem que o lançamento tinha como objetivo desenvolver tecnologia para pôr uma ogiva nuclear em um míssil de longo alcance.

O Norte prosseguiu com o desafio em fevereiro, com o seu terceiro teste de uma arma nuclear. Essa ação resultou em novas sanções da ONU, o que, por sua vez, levou a uma intensificação das ameaças norte-coreanas de ataques nucleares contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

As ameaças já arrefeceram. No final de maio, o Norte mandou um de seus altos funcionários militares à China e o enviado especial do líder Kim Jong-un, Choe Ryong-hae, disse que o país está disposto a dar "passos positivos" para a paz e a estabilidade.

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