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Oriente Médio

Conselho de Segurança da ONU vota resolução contra uso de gás cloro na Síria

5 mar 2015 - 21h47
(atualizado às 21h47)
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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve votar na sexta-feira uma resolução redigida pelos Estados Unidos para condenar o uso de gás cloro como arma na Síria e que prevê medidas caso tais armas sejam usadas novamente no conflito.

Especialistas em armas químicas da ONU recolhem amostras de local onde supostamente ocorreu um ataque com armas químicas em Damasco, na Síria, em 2013. 29/08/2013
Especialistas em armas químicas da ONU recolhem amostras de local onde supostamente ocorreu um ataque com armas químicas em Damasco, na Síria, em 2013. 29/08/2013
Foto: Mohamed Abdullah / Reuters

O embaixador francês na ONU, François Delattre, que preside o Conselho em março, disse nesta quinta-feira que espera que a resolução seja aprovada por unanimidade pelos 15 países membros. Diplomatas disseram que não estava claro como a Rússia, um país aliado da Síria, votará.

O novo projeto de resolução, obtido pela Reuters, não atribui culpa pelos ataques anteriores de gás cloro na Síria. O documento "condena nos termos mais fortes qualquer uso de qualquer produto químico tóxico, como o cloro, como arma na República Árabe Síria".

Se inalado, o gás cloro - um agente mortal amplamente utilizado na Primeira Guerra Mundial - se transforma em ácido clorídrico nos pulmões, o que pode levar a queimaduras internas e afogamento por meio de uma reação que libera líquido nos pulmões.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) encontrou evidências de que o gás cloro foi "sistematicamente e repetidamente" usado como arma na Síria. Estados Unidos, Grã-Bretanha e França acusam o governo sírio pelos ataques, que nega ter usado o material.

O projeto de resolução "destaca que os indivíduos responsáveis por qualquer uso de produtos químicos como armas, incluindo cloro ou qualquer outro produto químico tóxico, devem ser responsabilizados".

A Síria concordou em 2013 destruir todo o seu programa de armas químicas no âmbito de um acordo mediado por EUA e Rússia depois que centenas de pessoas foram mortas num ataque com gás sarin nos arredores da capital, Damasco. A Rússia apoiou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que incluía o acordo.

Embora o cloro não seja uma substância proibida, o seu uso como arma química é proibido sob a Convenção de Armas Químicas de 1997, assinada pela Síria em 2013.

(Reportagem de Michelle Nichols)

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