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Oriente Médio

Combates entre curdos e jihadistas na Síria deixam ao menos 29 mortos

18 jul 2013 - 11h22
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Cerca de 30 combatentes jihadistas e curdos morreram em dois dias de confrontos entre os dois grupos em uma cidade do norte da Síria fronteiriça com a Turquia, que terminaram com a expulsão dos fundamentalistas, informou uma ONG síria.

"Ao menos 19 combatentes da frente (jihadista) Al-Nusra e 10 combatentes curdos morreram desde terça-feira nos violentos confrontos que prosseguem na região petroleira de Hasaka", indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Na quarta-feira, os combatentes curdos conseguiram derrotar de forma esmagadora a Al-Nusra e a milícia do Estado Islâmico no Iraque e em Levante (EIIL), dois grupos filiados à Al-Qaeda, desalojando-os da localidade de Ras al-Ain.

Os combatentes curdos pertencem a uma milícia vinculada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado pela Turquia como uma organização terrorista.

Desde o início da revolta contra o regime sírio, há dois anos, os curdos (15% da população), presentes essencialmente no norte, tentam se manter à margem do conflito. Seu objetivo é principalmente conservar o controle de seus territórios.

Depois de violentos combates, as forças curdas se apoderaram na quarta-feira do povoado de Qasruq, situado na mesma região, indicou o OSDH.

Segundo os militantes em Ras el-Ain, os combatentes da Al-Nusra, partidários de um islã rigoroso, pressionavam desde o início do mês do Ramadã os habitantes para que observassem o jejum e também realizavam uma forte pressão sobre as mulheres que não usam o véu islâmico, como é o caso entre as combatentes curdas.

Após a expulsão dos jihadistas de Ras al-Ain, no oeste da província de Hassaka, estes grupos radicais responderam lançando foguetes sobre a cidade.

Também atacaram vários postos de controle sob a liderança de milicianos curdos.

Na tarde desta quinta-feira ocorriam combates nos povoados de Tal Alu e de Karhok, no leste de Hassaka,

Os curdos, por sua vez, conseguiram tomar o controle de uma parte da região petroleira de Sueidiya, igualmente em Hassaka.

Estes confrontos ocorrem num momento em que as tensões são fortes entre a rebelião moderada sustentada pelos países árabes e ocidentais e representada pelo Exército Sírio Livre e a Al-Nusra, com muitos ataques dos dois grupos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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