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Oriente Médio

Colonos judeus são acusados de queimar mesquita na Cisjordânia

7 dez 2011 - 11h20
(atualizado às 11h41)
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Autoridades palestinas acusaram um grupo de colonos judeus de tentar incendiar na madrugada desta quarta-feira uma mesquita na aldeia de Burkin, na Cisjordânia, que amanheceu com as paredes pintadas com mensagens em hebraico.

O governador de Salfit, Isam Abu Bakr, cidade onde o povoado está localizado, e o prefeito de Burkin, Accra Samara, disseram que o grupo escreveu frases antipalestinas e jogou um pneu que estava pegando fogo no interior do templo religioso.

O governador afirmou à agência de notícias Palestina Ma'an que o ataque aconteceu "após as forças israelenses emitirem ordens de demolição da mesquita sob o argumento de que ela foi construída sem licença".

Moradores da aldeia relataram que dois veículos foram incendiados na tentativa de destruir o local, que teve sua fachada danificada. Algumas pichações no interior do recinto protestavam contra o serviço de segurança de Israel, o Shin Bet, que procura reprimir os movimentos de extrema direita judeus.

Uma porta-voz do Exército israelense confirmou os fatos e disse que o "incidente está sendo investigado". "O Exército e as forças de segurança israelenses consideram este ato de vandalismo contra um lugar sagrado muito grave e estão trabalhando para descobrir seus autores", acrescentou a porta-voz.

O ataque se soma a outros cometidos por jovens radicais judeus nos últimos meses contra propriedades palestinas, templos ou cemitérios muçulmanos e cristãos.

Um grupo de judeus radicais realiza esse tipo de ato para protestar contra a retirada de colonos de assentamentos na região.

EFE   
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