Choques causados pelo ataque de Kirkuk deixam 9 mortos no Iraque
Pelo menos sete soldados iraquianos e dois homens armados morreram nesta terça-feira em enfrentamentos em duas províncias de maioria sunita relacionados com o ataque de forças de segurança em uma praça de Kirkuk, que há meses é palco de protestos contra o governo.
O incidente mais sanfrento ocorreu na cidade de Suliman Bek, na província de Salah ad-Din, onde seis dos militares e os dois homens armados morream, informou à Agência Efe uma fonte de segurança iraquiano.
Os distúrbios continuam nesta região em resposta à morte de 26 pessoas no ataque contra uma praça de Kirkuk, onde manifestantes sunitas se reuniam. Segundo as autoridades, a ação se justificou pela presença de extremistas no local.
Os outros enfrentamentos foram registrados próximos de Ramadi, capital da província de Al-Anbar, onde um soldado morreu e três ficaram feridos.
A fonte de segurança explicou que em Ramadi um grupo de homens armados atacou os militares e incendiou dois de seus veículos.
Tanto Salah ad-Din como Al-Anbar são palco desde dezembro de manifestações dos sunitas contra o governo do primeiro-ministro xiita, Nouri al-Maliki.
Os sunitas se queixam da discriminação que dizem sofrer por parte do governo e pedem a libertação dos detidos sem acusações, a suspensão de sentenças de pena de morte e a anulação da lei antiterrorista.
Após a operação das forças iraquianas em Kirkuk, pelo menos treze pessoas morreram nesta província em enfrentamentos com o Exército, quando um grupo de jovens tentou atacar posições militares em protesto pelo ataque contra os manifestantes.
A situação de crise levou dois ministros iraquianos, o de Educação, Mohammed Tamim, e o de Ciência e Tecnologia, Abdel Karim Samerrai, a apresentarem sua renúncia.