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Oriente Médio

Chefe da AIEA diz que é "urgente" Irã resolver preocupações

9 set 2013 - 10h04
(atualizado às 10h11)
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, disse nesta segunda-feira ao Irã que é "essencial e urgente" que o país resolva as preocupações a respeito de supostas pesquisas com bombas atômicas, sinalizando a esperança de que o novo governo iraniano pare de obstruir o trabalho dos inspetores internacionais.

Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, durante reunião na sede da instituição em Viena. Amano disse nesta segunda-feira ao Irã que é "essencial e urgente" que o país resolva as preocupações a respeito de supostas pesquisas com bombas atômicas, sinalizando a esperança de que o novo governo iraniano pare de obstruir o trabalho dos inspetores internacionais. 9/09/2013.
Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, durante reunião na sede da instituição em Viena. Amano disse nesta segunda-feira ao Irã que é "essencial e urgente" que o país resolva as preocupações a respeito de supostas pesquisas com bombas atômicas, sinalizando a esperança de que o novo governo iraniano pare de obstruir o trabalho dos inspetores internacionais. 9/09/2013.
Foto: Heinz-Peter Bader / Reuters

Amano fez as declarações na primeira reunião do conselho da AIEA, um órgão da ONU, depois da posse do novo presidente iraniano, o moderado Hassan Rouhani, no começo de agosto.

O japonês afirmou que a AIEA está comprometida em colaborar de forma construtiva com Rouhani para "resolver questões remanescentes por meios diplomáticos".

Suas palavras, cuidadosamente escolhidas, salientam a expectativa internacional de que a gestão de Rouhani tenha menos atritos com o resto do mundo do que na época do seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad.

Rouhani, buscando abrandar as sanções internacionais ao Irã, sinaliza a disposição de oferecer mais transparência a respeito das atividades nucleares iranianas, em troca do reconhecimento do direito iraniano de enriquecer urânio para fins pacíficos.

Mas diplomatas ocidentais salientam que ainda não está claro se o Irã se disporá a restringir seu programa nuclear. Os EUA e outros países acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, algo que Teerã nega.

No discurso, feito a portas fechadas, Amano disse que "o Irã não está oferecendo a cooperação necessária para nos permitir fornecer uma garantia confiável sobre a ausência de materiais e atividades nucleares não-declarados", segundo transcrição divulgada à imprensa.

"A agência não pode, portanto, concluir que todo o material nuclear no Irã está em atividades pacíficas."

Um importante teste sobre as intenções iranianas, segundo diplomatas, será uma reunião no próximo dia 27, em que a AIEA e o Irã discutirão as "possíveis dimensões militares" das atividades atômicas iranianas.

As duas partes já mantiveram dez rodadas de negociações desde o começo de 2012 na tentativa de retomar a investigação internacional sobre as atividades do Irã.

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