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Oriente Médio

Chanceler saudita reitera que "no futuro da Síria não há lugar para Assad"

11 ago 2015 - 09h32
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O ministro saudita de Relações Exteriores, Adel al Jubeir, reiterou nesta terça-feira em Moscou que "no futuro da Síria não há lugar para (o presidente sírio, Bashar Al) Assad" e que seu país não se somará a uma hipotética coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI) que integre o governo de Damasco.

"A postura da Arábia Saudita sobre a crise na Síria não mudou. Em que no futuro da Síria não há lugar para Assad", disse Al-Jubeir em entrevista coletiva conjunta com seu colega russo, Sergei Lavrov, com o qual se reuniu em Moscou.

Contra o que sustenta a Rússia, acrescentou o ministro saudita, Riad acredita que "a causa da aparição do EI é precisamente o comportamento de Assad, que dirigiu suas armas não contra o EI, mas contra seu povo".

Ao mesmo tempo, Jubeir ressaltou que seu país não pode apoiar o plano apresentado na semana passada pelo Kremlin para combater os jihadistas na Síria e que propõe uma aliança militar que inclua o governo e oposição sírios.

Lavrov insistiu que "o problema de Bashar al Assad" não pode ser resolvido "pela via militar", porque nesse caso, advertiu, "o EI e demais terroristas" tomariam o poder na Síria.

"Assad não ameaça nenhum país vizinho, enquanto o EI não só ameaça publicamente o Iraque, Síria e Arábia Saudita, mas elabora mapas que abrangem desde Espanha até Paquistão", lembrou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov apresentou na semana passada em Doha a seu colega americano, John Kerry, um plano para lutar contra os jihadistas assinado pelo presidente russo, Vladimir Putin, que propõe a criação de uma coalizão internacional que inclua Damasco, a oposição síria e os curdos.

Moscou considera que uma coalizão militar que una Damasco com a oposição na luta contra um inimigo comum impulsionará o processo político na Síria.

Pelo outro lado, os Estados Unidos querem estender seus ataques aéreos contra as tropas de Assad, no entanto, só se estas atacarem as milícias armadas da oposição treinadas e apoiadas pelo Ocidente.

A Rússia reiterou em muitas ocasiões suas críticas às potências ocidentais por minar as posições de Damasco, aduzindo que essa estratégia unicamente debilitará a capacidade de autoridades sírias para fazer frente à ameaça jihadista.

EFE   
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