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Oriente Médio

Chanceler do Irã espera acordo sobre programa nuclear dentro de "prazo razoável"

28 mai 2015 - 10h23
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O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, disse nesta quinta-feira que o Irã espera chegar a um acordo final com as potências mundiais sobre o programa nuclear iraniano "dentro de um período de tempo razoável", mas isso seria difícil se o outro lado ficar preso ao que ele definiu como exigências excessivas.

Chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif em entrevista coletiva em Atenas. 28/05/2015
Chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif em entrevista coletiva em Atenas. 28/05/2015
Foto: Alkis Konstantinidis / Reuters

Em 2 de abri, Irã, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China chegaram a uma estrutura provisória de um pacto nuclear, mas várias questões permanecem sem solução. As partes se impuseram como data-limite o dia 30 de junho para chegarem a um amplo acordo.

"Se o outro lado respeitar o que foi acordado em Lausanne e tentar elaborar, com base no respeito mútuo, um acordo abrangente com o Irã que seja sustentável... então podemos cumprir qualquer prazo", disse Zarif durante visita a Atenas. "Se as pessoas insistem em exigências excessivas, na renegociação, então será difícil imaginar um acordo, mesmo sem um prazo".

A França alertou na quarta-feira que poderá bloquear um acordo final, a menos que o Irã permita que os inspetores nucleares da ONU tenham acesso a todas as suas instalações, incluindo as bases militares.

Na semana passada o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, descartou a possibilidade de o país firmar qualquer acordo que inclua a inspeção internacional de instalações militares do Irã ou o acesso a cientistas nucleares. Comandantes militares iranianos repetiram essas exigências.

O Irã nega as acusações de alguns países ocidentais de que esteja tentando secretamente desenvolver a capacidade de produzir armas nucleares, como parte de sua unidade de enriquecimento de urânio. O país diz que busca unicamente o uso da energia atômica para fins pacíficos.

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