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Oriente Médio

Carro-bomba deixa mais de 50 feridos em subúrbio xiita de Beirute

9 jul 2013 - 10h31
(atualizado às 13h06)
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Mais de 50 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave, na explosão de um carro-bomba nesta terça-feira em um estacionamento do subúrbio xiita do sul de Beirute.

Segundo um balanço definitivo, 53 pessoas ficaram feridas, mas apenas 12 permanecem hospitalizadas. Duas tiveram que ser operadas", afirmou à AFP o ministro da Saúde libanês Ali Hasan Jalil

"Às 11H15 (5H15 de Brasília), um carro-bomba explodiu em um estacionamento perto de uma cooperativa comercial chamada Centro de Cooperação Islâmica, em Bir al-Abed, um reduto do movimento xiita Hezbollah", afirmou uma fonte militar.

Esta explosão é o maior desafio ao Hezbollha desde seu envolvimento direto na guerra síria ao lado das forças do regime de Bashar al-Assad. No dia 26 de maio, quatro pessoas ficaram feridas na queda de dois foguetes no subúrbio do sul de Beirute.

"Ouvi uma forte explosão. Todos entraram em pânico. As pessoas gritavam, meus funcionários correram para o local da explosão porque eles têm familiares no local", disse Carole Mansur, proprietária de uma fábrica de calçados próxima do local do ataque.

"Não posso acreditar que tenham feito algo assim no primeiro dia do ramadã", completou, em referência ao mês de jejum muçulmano.

Esta terça-feira é o primeiro dia do ramadã para uma parte dos xiitas no Líbano. O jejum começa na quarta-feira para os sunitas e na quinta-feira para o restantes dos xiitas.

Pouco depois da explosão, civis do movimento xiita libanês Hezbollah seguiram para o local.

O presidente libanês, Michel Suleiman, e os dois ex-primeiros-ministros sunitas Najib Maikati e Saad Hariri condenaram o atentado.

O atentado acontece em um momento de extrema tensão no Líbano.

Homens armados atiraram para o alto no bairro sunita de Bab al-Tabaneh em Trípoli, norte do país, para "celebrar" o atentado de Bir al-Abed, e o exército atuou para restabelecer a calma.

A guerra na Síria dividiu os libaneses entre os partidários e os críticos do presidente sírio Bashar al-Assad, o que aumentou a tensão religiosa.

Os xiitas, liderados pelo Hezbollah, são favoráveis ao regime sírio, enquanto os sunitas, que constituem a maioria da população na Síria, apoiam a oposição.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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