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Oriente Médio

Boicote de deputados adia eleição presidencial no Líbano

Essa foi a segunda tentativa dos políticos libaneses em eleger um novo presidente; dois dos principais blocos políticos do país ainda precisam chegar a um acordo sobre um candidato

30 abr 2014 - 20h07
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<p>Membros do parlamento depositam os seus votos para eleger o novo presidente libanês, no último dia 23. Eleição não foi concluída</p>
Membros do parlamento depositam os seus votos para eleger o novo presidente libanês, no último dia 23. Eleição não foi concluída
Foto: AP

Políticos libaneses abandonaram a sua segunda tentativa de eleger um novo presidente nesta quarta-feira, depois que dezenas de deputados boicotaram uma votação parlamentar para escolher o sucessor do presidente Michel Suleiman.

Dois dos principais blocos políticos do país, o grupo pró-Hezbollah Aliança 8 de Março e os seus rivais do grupo 14 de Março ainda têm de chegar a um acordo sobre um candidato de consenso que poderia angariar apoio da maioria entre os 128 deputados.

O impasse resulta de divisões políticas e sectárias de longa data aprofundadas pelos três anos de guerra na vizinha Síria e pode se arrastar muito além do fim do mandato de Suleiman, em 25 de maio.

Os muçulmanos xiitas apoiam o presidente sírio, Bashar al-Assad, enquanto os muçulmanos sunitas endossam os rebeldes que lutam para derrubá-lo. Os cristãos maronitas, aos quais cabe a Presidência do Líbano pelo sistema de partilha de poder no país, com base na divisão religiosa, estão divididos sobre a Síria.

Na semana passada, o ex-chefe militar Samir Geagea, um adversário de longa data de Assad, ganhou 48 votos com o apoio de deputados do 14 de Março. Sua votação foi ofuscada pelos 52 votos em branco dos políticos pró-Assad do 8 de Março.

O ex-chefe do Exército Michel Aoun, que faz parte da aliança 8 de Março, disse que se candidatará se houver um consenso para apoiá-lo.

Na ausência de tal acordo, a votação desta quarta-feira foi cancelada depois que os aliados de Aoun no 8 de Março se ausentaram do Parlamento, privando-o do quórum de dois terços necessário para a votação.

O presidente do Parlamento agendou a próxima tentativa de votação para 7 de maio, menos de três semanas antes de expirar o mandato de Suleiman.

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