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Oriente Médio

Ban reúne-se com Conselho de Segurança em meio a especulações sobre Brahimi

2 mai 2013 - 16h28
(atualizado às 16h45)
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniu nesta quinta-feira com os embaixadores dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança para discutir "possíveis movimentos diplomáticos" no meio dos esforços da comunidade internacional para tentar pôr fim ao conflito sírio.

O encontro, de caráter informal segundo o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, aconteceu entre renovadas especulações sobre o futuro do representante especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, que asseguram que o veterano diplomata argelino estaria a ponto de renunciar ao cargo.

Ban e os representantes de Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido - os cinco países com poder de veto -, discutiram também a situação da missão de analistas que deve investigar o possível uso de armas químicas na Síria e que não pôde viajar ao país pelas condições impostas pelo regime sírio.

O escritório do porta-voz da ONU detalhou em comunicado que o secretário-geral e os embaixadores também conversaram sobre a piora da situação humanitária na Síria e nos países vizinhos, assim como os esforços internacionais para tentar aliviá-la.

Posteriormente, em seu habitual encontro diário com a imprensa, Nesirky assegurou aos jornalistas que a reunião "informal" aconteceu porque "a Síria é uma grande preocupação para todos" e a situação humanitária "piora" e o derramamento de sangue continua.

Apesar de o mediador internacional ter desmentido no último dia 19 de abril que tenha intenção de jogar a toalha, as especulações em torno de uma possível renúncia de Brahimi por diferenças com a Liga Árabe continuaram nos últimos dias nos corredores da ONU.

"Quem lhe disse isso? Eu não renunciei. A cada dia que me levanto penso que teria que fazê-lo, mas por enquanto não renunciei", respondeu no mês passado Brahimi aos jornalistas após reunir-se em Nova York com os membros do Conselho de Segurança.

O diplomata negou também essas diferenças com a Liga Árabe por sua posição sobre o conflito na Síria, depois que o grupo de países árabes decidiu reconhecer os líderes opositores como representantes legítimos do povo sírio.

Brahimi tomou as rédeas da mediação internacional na Síria em agosto passado depois da renúncia do ex-secretário geral da ONU Kofi Annan, que desistiu perante a falta de avanços para resolver a crise síria.

A Síria vive há mais de dois anos uma situação de guerra civil que matou mais de 70 mil pessoas, além de ter deixado milhões de deslocados internos e refugiados, segundo números da ONU.

EFE   
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