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Oriente Médio

Ban Ki-moon descarta visita às instalações nucleares no Irã

27 ago 2012 - 18h32
(atualizado às 19h18)
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, descartou nesta segunda-feira a possibilidade de visitar as instalações nucleares iranianas, um convite de Teerã aos líderes da XVI Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados (MPNA), mas pediu acesso para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Não há planos para que o secretário-geral realize uma visita desse tipo no Irã pela cúpula do MPNA", afirmou o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, que ressaltou que os analistas da AIEA podem comparecer aos recintos nucleares "se as autoridades iranianas estiverem preparadas para fornecer esse acesso".

A ONU "agradeceria" a AIEA por esse gesto, disse Nesirky ao ser perguntado sobre o convite efetuado por Teerã aos chefes de Estado e de Governo presentes na cúpula do MPNA "para resistir a propaganda contra a República Islâmica do Irã e as absurdas acusações de que o Irã pretende fabricar armas nucleares".

"Esse é o objetivo da visita", anunciou no último domingo o deputado iraniano Mansur Hagigatpur, da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, que defendeu as atividades "pacíficas" realizadas nessas instalações.

Ban deve chegar a Teerã na próxima quarta para participar da cúpula do MPNA e se reunir com as principais autoridades iranianas, uma visita que gerou um amplo debate entre israelenses e americanos e que também representou uma "vitória diplomática" ao regime iraniano.

O Irã está submetido a sanções internacionais do Conselho de Segurança da ONU, da União Europeia (UE), dos Estados Unidos e de outros países, pela suspeita que seu programa nuclear teria uma vertente nuclear, o que Teerã nega ao afirmar que o programa é exclusivamente civil e pacífico.

Teerã assegura que não renunciará a seu programa atômico, que afirma estaria de acordo com do Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear, do qual é signatário, e considera que as sanções são injustas e ilegais.

Os Estados Unidos acreditam que as sanções diplomáticas e econômicas aplicadas pelas principais potências ocidentais tenham um efeito significativo antes de dar início a um possível uso da força militar, opção que ganha cada vez mais adeptos em Israel.

EFE   
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