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Oriente Médio

Autoridades do Afeganistão acusam Otan de matar 17 policiais em bombardeio

7 set 2015 - 10h53
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Autoridades do Afeganistão acusaram nesta segunda-feira a Otan de matar 17 policiais antinarcóticos do país em um bombardeio realizado na província de Helmand, enquanto a entidade nega ter realizado um ataque aéreo na região.

O chefe do Conselho Provincial Militar de Helmand, Bashir Ahmad Shakir, afirmou que as tropas da Otan "bombardearam por erro" um grupo de agentes antidrogas que realizavam uma operação em uma região remota da província, no leste do Afeganistão.

Além das 17 mortes, oito policiais ficaram feridos no ataque, ocorrido em uma conhecida rota de contrabando situado entre as províncias de Helmand e Kandahar, conforme Shakir.

O porta-voz do Departamento Antinarcóticos do Ministério do Interior, Sayd Mehdi Kazimi, confirmou à Agência Efe que as forças de segurança tinham sofrido baixas em um bombardeio da Otan e que o incidente está sendo investigado. Ele, no entanto, não informou sobre o número de vítimas ou forneceu detalhes sobre o fato.

Uma fonte de segurança de Helmand, que preferiu manter o anonimato, indicou à Efe que o bombardeio ocorreu quando a Polícia Antinarcóticos participava de uma operação.

Já um porta-voz da Otan garantiu que a órgão não realizou bombardeios ontem em Helmand.

"Nem os Estados Unidos nem a Otan realizavam ataques aéreos na província de Helmand ontem. Forças americanas realizaram ataques no distrito de Maiwand, na província de Kandahar", disse o coronel americano Brian Tribos.

Durante o governo do presidente Hamid Karzai, as mortes de civis e militares pelo chamado "fogo amigo" foram uma das principais causas de tensão entre as forças de segurança afegãs e as tropas internacionais.

Em meados de julho, sete soldados afegãos morreram e outros cinco ficaram feridos depois que um avião americano bombardeasse de forma equivocada um posto de controle do Exército no leste do país.

A Otan encerrou no final de 2014 sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída em janeiro pela Operação Apoio Decidido. Cerca de 4 mil soldados estão no país em tarefas de assistência e capacitação dos corpos de segurança afegãos.

Os Estados Unidos mantém sua missão "antiterrorista" no Afeganistão com cerca de 11 mil militares.

EFE   
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