Atleta é punido por usar mensagem de apoio à Gaza
De ascendência paquistanesa, jogador da seleção inglesa de críquete manifestou apoio à Palestina durante partida contra a Índia
Os conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza voltaram a repercutir em um evento esportivo. Depois de um grupo pró-Palestina invadir o gramado na Áustria e protestar contra os atletas israelenses do Maccabi Haifa, durante amistoso contra o Lille, da França, foi a vez de o críquete protagonizar cena parecida.
De ascendência paquistanesa, o inglês Moeen Ali, jogador da seleção nacional, entrou em campo com pulseiras manifestando apoio ao palestinos durante duelo contra a Índia, em Southampton, mas foi barrado.
Os equipamentos possuíam as seguintes frases: "salve Gaza" e "Palestina livre". O árbitro David Boon proibiu a utilização dos apetrechos e obrigou o atleta a retirá-los para participar da partida.
A alta cúpula da seleção inglesa de críquete havia liberado Moeen para vestir as pulseiras, argumentando que ele faria uma declaração humanitária e não política. O fato de os jogadores entrarem em campo com camisas relembrando o 100º aniversário da eclosão da Primeira Guerra Mundial ajudaria a sensibilizar a arbitragem. Entretanto, não foi isto o que aconteceu.
Por meio de um comunicado, o Conselho Internacional de Críquete (ICC) explicou que a entidade “não permite a exibição de mensagens que se relacionam com atividades políticas, religiosas ou raciais em equipamentos ou uniformes durante um jogo internacional”.
Mais adiante, a nota revela que “Moeen Ali foi avisado pelo árbitro da partida que, apesar de ser livre para expressar seus pontos de vista sobre tais causas fora do campo de críquete, ele não está autorizado a usar as pulseiras no campo de jogo”. Além disto, o atleta foi advertido para não usar mais essas pulseiras em partidas internacionais.
