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Oriente Médio

Atentados de quinta em Damasco causaram 90 mortes, diz Observatório

22 fev 2013 - 08h22
(atualizado às 08h55)
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Noventa pessoas morreram em quatro atentados na quinta-feira ao redor de Damasco, tornando-o um dos dias mais sangrentos na capital síria desde a início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad há quase dois anos, disse um grupo de monitoramento da violência no país.

Pessoas caminham perto de carros danificados após explosão no centro de Damasco, Síria. Noventa pessoas morreram em quatro atentados na quinta-feira ao redor de Damasco, tornando-o um dos dias mais sangrentos na capital síria desde a início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad há quase dois anos, disse um grupo de monitoramento da violência no país. 21/02/2013
Pessoas caminham perto de carros danificados após explosão no centro de Damasco, Síria. Noventa pessoas morreram em quatro atentados na quinta-feira ao redor de Damasco, tornando-o um dos dias mais sangrentos na capital síria desde a início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad há quase dois anos, disse um grupo de monitoramento da violência no país. 21/02/2013
Foto: Sana / Reuters

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, citando números que disse terem sido compilados a partir de hospitais e outras fontes médicas, disse nesta sexta-feira que pelo menos 60 pessoas foram mortas na explosão de um potente carro-bomba no distrito central de Mazraa, perto da embaixada da Rússia e de escritórios do partido Baath, de Assad.

As outras pessoas foram mortas em três atentados coordenados no distrito de Barzeh, a nordeste, segundo o grupo sediado na Grã-Bretanha.

A mídia estatal síria colocou o número de mortos no atentado de Mazraa em 53, além de 200 feridos. Ativistas e autoridades disseram que a maioria dos mortos era de civis, incluindo crianças.

Além da violência na capital, mais de 200 pessoas foram mortas em outros lugares, incluindo nos subúrbios de Damasco, e nas cidades de Deraa e Aleppo, totalizando quase 300 mortos na quinta-feira -- um dos mais altos em um único dia desde o começo do conflito, segundo o Observatório.

A ONU diz que 70 mil pessoas morreram no conflito da Síria, o mais sangrento e mais prolongado dos levantes que abalaram o mundo árabe nos últimos dois anos.

A Rússia, aliada incondicional de Assad, acusou os Estados Unidos, nesta sexta-feira, de ter padrões duplos sobre a violência na Síria, dizendo que Washington havia bloqueado uma declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando a explosão em Mazraa.

"Vemos uma tendência muito perigosa de nossos colegas norte-americanos para afastar-se do princípio fundamental da condenação incondicional a qualquer ato terrorista, um princípio que assegura a unidade da comunidade internacional na luta contra o terrorismo", disse o chanceler russo, Sergei Lavrov.

Não houve reivindicação de autoria dos ataques de quinta-feira, mas o grupo rebelde Al Jabhat Nusra, ligado à Al Qaeda, assumiu a responsabilidade de dezenas de ataques no ano passado, incluindo bombardeios devastadores em Damasco e Aleppo.

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