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Oriente Médio

Atentado contra embaixada turca na Somália deixa ao menos 3 mortos

27 jul 2013 - 15h07
(atualizado às 16h09)
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Pelo menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas neste sábado em um atentado suicida com carro-bomba contra a embaixada da Turquia em Mogadíscio, informaram à Agência Efe moradores da capital da Somália que testemunharam o ataque.

Segundo as fontes, residentes no distrito de Hodan, onde aconteceu o atentado, o ataque matou pelo menos um turco e um civil somali, além da do próprio agressor.

As fontes acrescentaram que, entre os feridos, há pelo menos dois turcos e dois somalis.

A milícia fundamentalista islâmica somali Al Shabab assumiu a autoria do atentado através de sua conta no Twitter: "Forças mujahedin em Mogadíscio acabam de realizara uma operação cujo alvo era um grupo de diplomatas turcos no distrito de Hodan".

"Os turcos são parte de um grupo de nações que dão apoio ao regime apóstata (em referência ao governo da Somália) e tentam suprimir o estabelecimento da sharia (lei islâmica)", acrescentaram os fundamentalistas.

Além disso, Al Shabab disse ter "perpetrado um ataque direto contra o frágil regime e seus sócios", e negou que algum de seus homens tenha morrido no atentado, cujo número de vítimas situou em pelo menos seis turcos mortos e mais de 15 feridos.

Nos últimos meses, Al Shabab atentou contra alvos simbólicos nos esforços de reconstrução do país africano, como as tropas da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) e o recinto da ONU na capital somali, em um ataque no qual morreram pelo menos 15 pessoas.

Agora foi a vez da Turquia, muito ativa na reconstrução da capital somali, com voos regulares da Turkish Airlines entre Mogadíscio e Istambul, e um dos primeiros países a credenciar uma delegação diplomática desde a queda do regime de Mohammed Siad Barre no início dos anos 90.

A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Siad Barre, o que deixou o país sem um governo medianamente efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e bandos de criminosos armados.

EFE   
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