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Oriente Médio

Atentado à embaixada da Turquia mata um e fere dois em Mogadíscio

27 jul 2013 - 16h55
(atualizado às 17h41)
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Um atentado com carro-bomba contra a embaixada da Turquia em Mogadíscio, na Somália, neste sábado, deixou pelo menos um morto e três feridos entre os policiais turcos encarregados da proteção da representação diplomática, anunciou uma fonte do governo turco.

Um suicida lançou seu veículo cheio de explosivos contra uma entrada da embaixada, perto de um edifício onde moram os diplomatas, contou uma testemunha.

"Um dos nossos policiais das forças especiais encarregadas da segurança do prédio auxiliar da embaixada, alvejado pelo atentado, infelizmente perdeu a vida", informou o Ministério turco das Relações Exteriores em um comunicado divulgado em Istambul.

Além disso, outros três policiais turcos "foram feridos, um deles gravemente".

Segundo uma fonte diplomática turca, que pediu para não ser identificada, o ataque foi cometido por três suicidas. Todos os três morreram. Dois deles foram mortos pelos serviços de segurança da embaixada "antes que conseguissem fazer a bomba funcionar", enquanto "o terceiro conseguir se detonar", informou a mesma fonte.

"Os policiais (turcos) feridos foram levados para o hospital em Mogadíscio. Nós enviamos um avião com equipe médica para repatriá-los", completou.

Em um primeiro momento, uma testemunha no local relatou a morte de um civil somali, que seria um pedestre, mas a informação não foi confirmada.

Em sua conta no Twitter, os islamitas assumiram a autoria do atentado. "A Turquia faz parte dos países que apóiam o regime apóstata (somali) e tentam impedir o estabelecimento da charia", afirmaram.

"A Turquia é muito ativa na Somália, e quando se é muito ativo, torna-se, muito facilmente, um alvo", comentou a fonte diplomática.

Em uma nota, o governo turco condenou esse "ataque pérfido" e exigiu a rápida detenção de seus responsáveis, garantindo que "a Turquia continuará ao lado do povo irmão somali e a ajudar".

A Turquia tem um papel atuante na Somália, sobretudo, no âmbito humanitário e da reconstrução, desde que os islamitas shebab foram expulsos em agosto de 2011 da capital por uma Força da União Africana.

O ataque suicida contra a representação turca é o segundo atentado deste sábado, em Mogadíscio, onde um artefato explosivo já havia atingido o carro de um oficial do governo pela manhã, deixando um morto.

Os atentados, em sua maioria atribuídos aos islamitas shebab, continuam sendo muito frequentes na capital somali. O novo governo central, que assumiu em setembro passado, luta para impor sua autoridade no restante do país, mergulhado no caos desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.

Pelo menos cinco pessoas foram mortas em 12 de julho, em dois atentados em Mogadíscio: um ataque suicida contra um comboio da Força da União Africana e o lançamento de uma granada em um hotel.

O ataque mais espetacular aconteceu em meados de junho, no qual um comando suicida dos shebab invadiu o principal complexo da ONU na capital somali, deixando nove mortos. Seis deles eram funcionários da ONU.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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