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Oriente Médio

Ataques por parte do regime de Assad deixa mais de 100 mortos em aldeia síria

21 abr 2013 - 17h04
(atualizado às 17h07)
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Mais de 100 pessoas morreram na cidade de Yodeda al Fadl, situada na periferia de Damasco, durante os cinco dias de ofensiva das forças do regime sírio, informaram neste domingo os grupos opositores.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, os Comitês de Coordenação Local (++CCL++) e a rede Sham assinalaram que esta aldeia foi palco de fortes bombardeios, de confrontos e de execuções sumárias.

O ativista do CCL Murad al Shami explicou à Agência Efe por telefone que o Exército do regime irrompeu primeiro em alguns bairros e depois começou a bombardear as zonas que escapavam de seu domínio.

O ataque foi perpetrado perante o temor das autoridades de que houvesse rebeldes nesta aldeia, segundo Al Shami, que negou que houvesse membros da insurgência na mesma.

No entanto, a versão do Observatório apontou que confrontos foram registrados nestes dias e que pelo menos 19 dos mortos são combatentes rebeldes.

O número de vítimas ainda é impreciso e seguiu aumentando com o passar das horas, enquanto os ativistas no terreno se dedicavam em apurar os detalhes do ocorrido nestes dias.

A Comissão Geral da Revolução Síria documentou 130 falecidos, enquanto o Observatório citou informações que elevam o balanço a 250, embora tenha assinalado que o grupo só pôde identificar 80.

Os CCLs falam de centenas de mortos, a maioria mulheres e crianças, mas não puderam oferecer um número exato, da mesma forma que o ativista Al Shami.

Segundo os ativistas, as localidades da periferia de Damasco são as mais afetadas pela violência, com dezenas de mortos diariamente.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), por sua vez, condenou este "novo crime" do regime sírio e assegurou que os rebeldes sírios são os únicos que podem socorrer às vítimas em Yodeida al Fadl.

Segundo um comunicado da CNFROS, o Exército Livre Sírio (ELS) é o único orgão que pode ajudar o povo sírio após "a continuidade da passividade da comunidade internacional e os esforços fracassados das organizações internacionais".

Em outra nota, a coalizão opositora também denunciou que o grupo xiita libanês Hezbollah "segue realizando operações militares dentro da Síria".

Neste aspecto, a CNFROS assinalou que as forças do Hezbollah bombardearam e irromperam as localidades de Al Raduania e Al Burhania, além de ter pedido ao grupo xiita retirar suas tropas imediatamente do país.

Além disso, a coalizão pediu ao governo libanês "tomar todas as medidas possíveis para pôr fim a estas agressões", assim como às forças do ELS manterem o controle e respeitarem a soberania libanesa, após alguns ataques dos rebeldes contra este país.

EFE   
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