PUBLICIDADE

Oriente Médio

Ataque suicida deixa várias vítimas em Damasco; Exército nega que general tenha ficado ferido

4 mai 2015 - 08h32
(atualizado às 08h32)
Compartilhar
Exibir comentários

Um alto oficial do Exército sírio foi ferido em um atentado suicida em um bairro central de Damasco nesta segunda-feira, segundo uma entidade que acompanha o conflito, mas os militares negaram a informação.

"Um general que dirige a divisão de munições e suprimentos do Exército sírio foi ferido. Um de seus companheiros foi morto e dois ficaram feridos no ataque rebelde", disse Rami Abdul Rahman, chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, entidade com sede na Grã-Bretanha que tem uma rede de informantes na Síria.

No entanto, uma fonte do Exército sírio que conversou com a Reuters negou que um alto oficial tivesse ficado ferido. Ele disse que cinco pessoas realizaram o ataque no movimentado bairro central de Rukn al Din. Segundo ele, todos foram mortos ou presos. O atentado terrorista também causou a morte de uma pessoa que estava na área e feriu outras cinco, algumas em estado grave, acrescentou.

Mais cedo, uma fonte do Exército sírio disse na televisão estatal que o homem-bomba se explodiu em Rukn al Din. As casas da vizinhança abrigam vários órgãos de segurança, de acordo com moradores, e também há na área moradias de curdos sírios.

A fonte do Exército disse à televisão estatal que as forças de segurança tinham matado todos os membros do "grupo terrorista" no distrito durante uma perseguição após o homem-bomba se explodir.

Um morador contatado pelo serviço Viber disse que o Exército havia isolado todas as ruas principais do bairro. As forças de segurança detiveram dezenas de pessoas após a explosão que abalou a quadra.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, muitos altos funcionários vivem na área e várias divisões do aparato de inteligência da Síria estão baseadas lá.

O centro de Damasco, fortemente protegido pelas forças do governo, foi alvo de muitos atentados nos últimos quatro anos da guerra civil que já matou mais de 200.000 pessoas.

Atentados suicidas são raros, mas um deles matou vários membros do círculo íntimo do presidente Bashar al-Assad na capital síria em Julho de 2012.

(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi, em Amã, e Laila Bassam, em Beirute)

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade