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Oriente Médio

Ataque mortífero da Al-Qaeda contra exército do Iêmen

11 ago 2013 - 09h52
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Um comando da Al-Qaeda lançou neste domingo um ataque mortífero contra o exército do Iêmen, o primeiro desde o início da última ofensiva com aviões teleguiados contra o grupo extremista, que já deixou quase quarenta mortos em 15 dias.

Cinco soldados iemenitas faleceram no ataque deste domingo realizado por membros da Al-Qaeda perto do terminal gasífero de Balhaf, no sudeste do país, informou uma fonte militar.

"Os criminosos chegaram de carro na altura de um posto de controle do exército próximo ao terminal de Balhaf. Abriram fogo com armas automáticas, mataram cinco soldados e fugiram", declarou à AFP esta fonte, que pediu o anonimato.

"Um sexto soldado está desaparecido", acrescentou esta fonte, que não sabia indicar se esta pessoa foi sequestrada pelos criminosos.

Os soldados mortos pertencem a uma unidade do exército encarregada de proteger as instalações do terminal, situado na província de Shabwa.

As autoridades iemenitas afirmaram na quarta-feira ter desbaratado um plano da Al-Qaeda que consistia em se apoderar de cidades e instalações petrolíferas e em tomar estrangeiros como reféns.

Segundo as informações fornecidas pelas autoridades do Iêmen, a Al-Qaeda tinha a intenção de atacar instalações petrolíferas de Mukala, capital da província de Hadramut, e de tomar a cidade de Mukala e a localidade vizinha de Gil Bawazir.

Se falhassem, os membros da Al-Qaeda planejavam tomar como reféns os trabalhadores estrangeiros das instalações petrolíferas de Gil Bawazir.

O terminal de Balhaf, pelo qual transita a maioria das exportações de gás do Iêmen, não estava incluído neste ataque, mas o plano previa uma sabotagem do gasoduto que alimenta este centro, segundo as autoridades.

O ataque contra o exército foi precedido horas antes por uma nova ofensiva com drones contra um carro ao norte de Adén, no sul do Iêmen.

Dois membros da Al-Qaeda morreram, um terceiro foi ferido e um quarto saiu ileso deste ataque, ocorrido na noite de sábado em Al Askaria, declarou um funcionário da administração local que não quis se identificar.

No total, desde 28 de julho 38 pessoas morreram em ataques com drones, segundo um balanço estabelecido a partir de informações fornecidas por fontes tribais, militares e administrativas no Iêmen.

Estes ataques ocorreram nas zonas de implantação da Al-Qaeda no Iêmen: no leste de Sanaa, no sul e sudeste do país.

Os Estados Unidos são o único país que possui drones na região.

Paralelamente, Washington anunciou no dia 1º de agosto o fechamento de mais de vinte de seus consulados e embaixadas no Oriente Médio e na África devido a uma ameaça de atentados.

Os consulados e embaixadas fechados devem retomar suas atividades neste domingo, primeiro dia da semana na maior parte dos países muçulmanos, indicou Jennifer Psaki, a porta-voz do departamento de Estado, em um comunicado publicado na noite de sexta-feira.

No entanto, a embaixada de Sanaa não foi afetada por esta medida, já que, segundo a diplomacia americana, ainda existe "um conjunto de ameaças sobre um eventual ataque terrorista pela Al-Qaeda na Península Arábica" (AQPA), que Washington considera como o braço mais ativo da rede extremista.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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