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Oriente Médio

Ataque dos EUA à Síria adiaria perspectivas de fórum sobre a paz, diz Rússia

2 set 2013 - 09h04
(atualizado às 09h11)
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu nesta segunda-feira que um ataque dos Estados Unidos contra a Síria adiaria quase indefinidamente uma nova conferência de paz sobre o conflito no país árabe.

"Se, infelizmente para todos nós, a ação militar anunciada pelo presidente dos Estados Unidos acontecer, esta adiaria por muito tempo, se não para sempre, as perspectivas sobre a realização desse fórum (Conferência de Genebra-2)", afirmou Lavrov em entrevista coletiva, citado pelas agências locais.

Lavrov destacou que quanto mais as potências ocidentais demoraram para convercer a oposição síria a participar de uma conferência de paz, "mais vítimas veremos, em particular entre a população civil".

Precisamente, Lavrov e o secretário de Estado americano, Joahn Kerry, anunciaram em 7 de maio em Moscou o acordo para realizar uma segunda conferência de paz em Genebra, mas a suspeita do uso de armas químicas frustou esse plano.

O chefe da diplomacia russa destacou também que Moscou se opõe categoricamente a qualquer ação que viole os princípios do direito internacional e mine a reputação da ONU.

"Faremos todo o possível para defender o direito internacional, a carta das Nações Unidas e as prerrogativas do Conselho de Segurança", ressaltou.

Pouco antes, Lavrov afirmou que as provas apresentadas pelos Estados Unidos sobre o suposto uso de armas químicas pelas tropas governamentais sírias não são concretas e não convenceram Moscou.

"Sim, nos mostraram uns relatórios que não continham nada concreto: nem coordenadas geográficas, nem nomes e nem provas de que as mostras foram recolhidas por profissionais", disse Lavrov, citado pela agência "Interfax", ao inaugurar o ano letivo no Instituto de Relações Internacionais de Moscou.

No domingo, Kerry afirmou que seu país tem provas de que o regime sírio usou gás sarin no suposto ataque com armas químicas na periferia de Damasco em 21 de agosto.

EFE   
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