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Oriente Médio

Ataque deixa 6 feridos na parada do orgulho gay em Jerusalém

Criminoso é "um homem judeu" que já foi detido, o que "impediu que continuasse seus ataques"

30 jul 2015 - 14h20
(atualizado às 14h59)
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Ataque aconteceu no final da passeata, no centro da cidade, perto da rua Kerem Ayesod, por volta das 19h locais (13h de Brasília)
Ataque aconteceu no final da passeata, no centro da cidade, perto da rua Kerem Ayesod, por volta das 19h locais (13h de Brasília)
Foto: Atef Safadi / EFE

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira (30) em um ataque com faca enquanto participavam da Parada do Orgulho Gay em Jerusalém, realizada anualmente sob fortes medidas de segurança devido à oposição de extremistas religiosos.

"Atendemos e levamos a hospitais seis pessoas com perfurações de faca. Três sofreram ferimentos graves e outras três estão em situação moderada. Dois deles foram transferidos ao hospital Shaare Zedek, e os demais ao Hadassah Ein Karem", informou Yonatan Yagodoski, porta-voz da Maguen David Adom (MDA, a Estrela de David Vermelha, equivalente à Cruz Vermelha).

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Essa organização prestava apoio à manifestação, por isso os serviços de emergência "chegaram ao lugar do ataque em questão de minutos", acrescentou.

O ataque aconteceu no final da passeata, no centro da cidade, perto da rua Kerem Ayesod, por volta das 19h locais (13h de Brasília).

Segundo uma porta-voz da polícia, o criminoso é "um homem judeu" que já foi detido, o que "impediu que continuasse seus ataques".

"Um homem saiu de uma das calçadas e começou a apunhalar as pessoas. Rapidamente vários policiais foram na direção dele e o imobilizaram em questão de segundos. Havia muito sangue. Foi tudo tão rápido que não deu tempo de ver o autor (do ataque)", disse uma testemunha,

Alguns dos participantes da parada gay se queixavam que "os homossexuais não conseguem viver em segurança" na cidade
Alguns dos participantes da parada gay se queixavam que "os homossexuais não conseguem viver em segurança" na cidade
Foto: Atef Safadi / EFE

Alguns dos participantes da parada gay se queixavam que "os homossexuais não conseguem viver em segurança" na cidade, considerada santa pelo cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

A presidente da associação defensora dos homossexuais Casa Aberta, Dana Sharon, afirmou que, ao invés de dissolver o ato, sua organização pediu aos participantes para que continuassem concentrados em rejeição ao ataque.

Benzi Gobstein, presidente da Lehava, uma organização extremista judia que convoca a cada ano uma contra-manifestação à parada gay, negou que seus integrantes estivessem envolvidos no incidente.

"Não tem a ver conosco. Nós não apoiamos a violência e não acreditamos que nenhum judeu tenha que apunhalar nenhum judeu", declarou.

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EFE   
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