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Oriente Médio

Assad não sairá e Rússia não pressionará, afirma Lavrov

8 mar 2013 - 10h22
(atualizado às 10h35)
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou estar convencido de que o presidente sírio Bashar al-Assad não deixará o poder e insistiu que seu país não tem "em absoluto" a intenção de pedir sua saída, em uma entrevista à BBC.

"Não cabe a nós decidir quem devem governar a Síria. Os sírios devem decidir", declarou o ministro, reiterando assim a posição russa no conflito sírio, que, segundo a ONU, provocou quase 70.000 mortes em dois anos.

Ao ser questionado se existia alguma possibilidade da Rússia pressionar Assad para que ele deixe o poder, respondeu: "Em absoluto. Sabem que temos por princípio não intervir nas mudanças de regime. Somos contrários a interferir nos conflitos internos".

"Assad não sairá, sabemos com certeza. Todos os que estão em contato com ele sabem que não exagera", afirmou Lavrov.

A Rússia, que fornece armas a Damasco, bloqueou, ao lado da China, todos os projetos de resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenavam o regime de Assad.

Também nesta sexta-feira o ex-primeiro-ministro sírio e dissidente Riad Hijab pediu ao Conselho de Segurança da ONU que garanta a proteção do povo sírio e autorize o fornecimento de armas à oposição.

"Pedimos aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que assumam suas responsabilidades para proteger o povo sírio", declarou Hijab durante uma reunião em Doha de seu partido, o Grupo Nacional Livre.

Hijab criticou os que dizem "temer que a Síria caia nas mãos de extremistas ou em guerra civil", para justificar a oposição ao repasse de armas ao Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes).

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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