Assad acusa Israel de querer desestabilizar a Síria
O presidente da Síria, Bashar al Assad, acusou neste domingo Israel de cooperar com "forças estrangeiras inimigas" para tentar desestabilizar a Síria, em resposta ao recente ataque israelense ao território sírio, informou a agência oficial de notícias "Sana".
"A agressão israelense contra o centro de pesquisa de Jamariya mostra o verdadeiro papel de Israel, que coopera com forças estrangeiras inimigas e elementos sobre o território sírio para desestabilizar e debilitar a Síria", disse Assad durante uma reunião em Damasco com o secretário do Conselho Superior de Segurança Nacional do Irã, Said Jalili.
No encontro, Assad destacou que a Síria "é capaz de fazer frente aos desafios atuais e responder a qualquer agressão que tenha como alvo o povo sírio".
Jalili, por sua vez, insistiu na cooperação entre Teerã e Damasco para lidar com o que chamou de "complôs e projetos estrangeiros que têm o objetivo de desestabilizar a segurança na região".
Em relação ao conflito sírio, o iraniano avaliou a proposta de Assad para solucionar a crise de forma política e expressou a disposição do Irã de prestar qualquer ajuda ao diálogo nacional.
Damasco havia denunciado que aviões militares israelenses entraram na quarta-feira passada em seu espaço aéreo e bombardearam um centro de pesquisa militar no distrito de Jamariya, na província de Rif Damasco, causando a morte de dois funcionários.
O regime sírio ameaçou no dia seguinte responder a Israel e apresentou uma queixa oficial ao presidente do Conselho de Segurança e outra ao secretário-geral da ONU pelo ataque.
Hoje, líderes militares iranianos insistiram que haverá represálias no momento adequado pelo recente ataque aéreo à Síria, em declarações divulgadas pela imprensa do Irã.
O comandante do Corpo de Guardiães da Revolução do Irã, general Mohamad Ali Jaafari, considerou que a "resistência e as represálias são o único caminho" para enfrentar Israel após o ataque à Síria, segundo a agência oficial "Irna".
O regime da Síria e a República Islâmica do Irã mantêm há mais de 30 anos uma associação estratégica, tanto em temas técnicos, econômicos e comerciais como militares, com previsão de ajuda mútua em caso de agressão externa.
