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Oriente Médio

Árabes rejeitam proposta de segurança dos EUA para futuro Estado palestino

21 dez 2013 - 18h15
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Os ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe rejeitaram neste sábado, dia 21, uma proposta de segurança dos Estados Unidos para o futuro Estado palestino, que reiteraram que deve ser independente e com capital em Jerusalém Oriental.

Em reunião extraordinária no Cairo, realizada a pedido do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, os chefes da diplomacia árabe criticaram o plano dos EUA sobre uma eventual presença militar israelense durante 10 anos na fronteira com a Cisjordânia.

Abbas já expressou seu descontentamento com esta ideia em meados deste mês em mensagem às autoridades americanas, que mediam as conversas de paz entre palestinos e israelenses.

De acordo com esse plano, aviões de reconhecimento americanos monitorariam o território palestino, e militares israelenses atuariam em zonas estratégicas ao longo da fronteira com o futuro Estado palestino, que deveria ser desmilitarizado.

A Liga Árabe insistiu em uma resolução no final da reunião que a solução para o conflito deve ser baseada na Iniciativa de Paz Árabe, aprovada em 2002. Esta iniciativa estipula a retirada israelense de todos os territórios árabes ocupados durante a guerra de 1967 em troca do reconhecimento a Israel.

Os ministros árabes também rejeitaram "todas as medidas e planos políticos israelenses que têm como objetivo alterar as realidades demográfica e geográfica dos territórios palestinos ocupados", segundo o texto.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, foi encarregado de enviar uma mensagem ao secretário de Estado americano, John Kerry, para reiterar a posição do bloco árabe. Por outro lado, os ministros responsabilizaram o governo israelense de "dificultar o processo de paz mediante o assassinato de palestinos e seus planos de construir assentamentos".

Araby disse em entrevista coletiva após a reunião que nem os países árabes ou a Autoridade Nacional Palestina (ANP) farão concessões a Israel. Por fim, lembrou que os países árabes fizeram um acordo com os EUA para supervisionar negociações entre as partes que não devem durar mais de nove meses, entre o fim de julho de 2013 e abril de 2014.

As estatísticas do serviço secreto israelense Shabak mostram um aumento da violência no segundo semestre de 2013 entre palestinos e israelenses, o que faz temer uma nova Intifada se as negociações de paz fracassarem.

EFE   
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