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Oriente Médio

Após ofensiva israelense, crianças voltam às aulas em Gaza

Milhares de residentes foram obrigados a abandonar seus lares e buscaram refúgio em colégios usados pela Agência da ONU para os refugiados palestinos

14 set 2014 - 08h45
(atualizado às 08h46)
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<p>Todos os colégios da Faixa, salvo os de Beit Hanoun, iniciaram hoje seus aulas</p>
Todos os colégios da Faixa, salvo os de Beit Hanoun, iniciaram hoje seus aulas
Foto: SUHAIB SALEM / REUTERS

O ano escolar começou oficialmente neste domingo na Faixa de Gaza com um atraso de duas semanas, após os duros bombardeios da última ofensiva israelense, que causou enorme destruição nos colégios após 50 dias.

Em comunicado, o Ministério da Educação informou que 24 centros foram severamente danificados e 125 de maneira parcial pelas bombas israelenses na recente ofensiva militar que causou mais de 2,1 mil mortos -mais de 500 menores- e deixou 11 mil feridos neste território.

"Estamos fazendo tudo o que está em nossas mãos também para resolver o problema das pessoas deslocadas que se refugiaram nos colégios", precisa o comunicado.

Durante os 50 dias que o conflito se prolongou, a Faixa foi alvo de intensos bombardeios por terra, mar e ar, que segundo cálculos locais, afetaram cerca de 20 mil construções e unidades de casas.

Milhares de residentes foram obrigados a abandonar seus lares e buscaram refúgio em colégios usados pela Agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA).

A UNRWA anunciou que praticamente todos os colégios na Faixa de Gaza abriram hoje suas portas, salvo na cidade de Beit Hanoun, no norte do enclave, onde alguns continuam sendo refúgio de deslocados.

O ano letivo começou há duas semanas na Cisjordânia, mas na Faixa foi atrasado por conta da destruição e da falta de meios e preparação dos colégios, apenas dias depois que do acordo de um cessar-fogo na zona em 26 de agosto.

Adnan Abu Hasna, responsável de imprensa da UNRWA em Gaza confirmou aos meios que todos os colégios da Faixa, salvo os de Beit Hanoun, iniciaram hoje seus aulas.

"As tentativas para convencer os residentes deslocados para que se concentrem em três colégios e evacuem outros sete tiveram resultados infrutíferos", afirmou Abu Hasna, que reconheceu que essa é a razão pela qual ainda "não começou o ano letivo na cidade".

EFE   
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