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Oriente Médio

Após massacre, oposição síria denuncia 33 mortes neste domingo

27 mai 2012 - 21h22
(atualizado às 22h19)
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As tropas do regime sírio mataram ao menos 33 pessoas neste domingo na cidade de Hama, no centro do país, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Segundo o OSDH, entre as vítimas há sete jovens com menos de 16 anos, cinco mulheres e quatro militares desertores. A denúncia acontece um dia após o massacre na cidade de Hula, em que 108 pessoas morreram, atribuído a tropas do governo sírio, o que é negado pelo regime de Bashar al-Assad.

Com um minuto de diferença, duas fortes explosões sacudiram às 8h locais (2h de Brasília) o sul da capital síria, Damasco, em horário de grande movimento, e deixaram mais de 50 mortos
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Foto: AP

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O Observatório precisou que Hama foi atacada com metralhadoras pesadas e lança-foguetes. Um boletim precedente do OSDH informava nove civis mortos na cidade.

O ataque ocorreu enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reunia, de forma urgente, para analisar a situação na Síria após o massacre em Hula, onde no sábado morreram 108 pessoas, incluindo cerca de 30 crianças com menos de 10 anos.

"Houve combates entre soldados e desertores; militares morreram e o Exército reagiu com violência visando diretamente zonas residenciais", explicaram à AFP membros do OSDH. "As pessoas saíam às ruas gritando pela ajuda de médicos. Uma casa foi bombardeada e desabou sobre os moradores".

O Conselho de Segurança da ONU condenou neste domingo o uso de artilharia pesada pelo governo sírio na cidade de Hula. Em declaração adotada por unanimidade após uma reunião de emergência, em Nova York, o organismo disse que os ataques contra a cidade representam "um revoltante uso da força contra civis" e uma violação da lei internacional. O Conselho de Segurança exigiu ainda que o governo sírio retire imediatamente as tropas de áreas residenciais. O governo sírio nega responsabilidade sobre o ataque.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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