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Oriente Médio

Ao menos 27 mortos em atos de violência no Iraque

28 mai 2013 - 18h31
(atualizado às 18h41)
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Pelo menos 27 pessoas morreram nesta terça-feira no Iraque, de acordo com fontes médicas e dos serviços de segurança, enquanto o governo discute meios para conter a violência que deixou 530 mortos em maio.

Além das mortes, pelo menos 50 pessoas ficaram feridas nesta terça em episódios de violência religiosa que suscitam temores de uma retomada do conflito confessional entre sunitas e xiitas, que causou um banho de sangue no país nos anos 2006 e 2007.

O ataque mais violento desta terça foi praticado no bairro xiita de Sadr City, no norte de Bagdá, onde uma bomba explodiu em um ônibus, matando pelo menos seis pessoas e ferindo outras 30, indicaram fontes médicas e de segurança.

Também foram registrados atos de violência em importantes regiões ao norte da capital, como Tikrit e Mossul.

Entre 1º e 28 de maio, 530 pessoas morreram e 1.287 ficaram feridas em ataques, fazendo deste o mês mais mortal em pelo menos um ano, segundo dados registrados pela AFP a partir de informações fornecidas por fontes de segurança e médicas.

Após um conselho de ministros, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, declarou que os "autores dos atentados e os grupos terroristas extremistas querem causar uma guerra confessional".

Em um comunicado, o conselho de ministros decidiu "agir contra todas as milícias que cometem atos fora da lei" e pediu que "as forças políticas assumam sua responsabilidade frente à retomada da violência e realizem uma reunião a respeito desse tema".

O comunicado renova também as advertências do governo às redes de televisão que "estimulam" o ódio religioso.

Em abril, as autoridades de Bagdá tinham decidido suspender as concessões de dez canais de televisão por "incitação à violência religiosa", incluindo a da influente Al-Jazeera do Catar, em uma decisão criticada pela ONU e por ONGs dos direitos humanos.

A onda de violência que assola o país desde o início do ano ocorre em meio a tensões confessionais, com a minoria sunita se mobilizando há meses para denunciar sua marginalização por parte do governo liderado pelos xiitas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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