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Oriente Médio

Americanos e europeus são contra intervenção na Síria, diz pesquisa

18 set 2013 - 11h16
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A maioria dos europeus e norte-americanos se opõe fortemente à intervenção militar na guerra civil síria, segundo uma pesquisa divulgada na quarta-feira.

O "Tendências Transatlânticas", levantamento feito anualmente nos EUA e Europa pela instituição Fundo Marshal Alemão dos EUA e pela empresa italiana Compagnia di San Paolo, mostrou também que a imagem da China está se deteriorando em ambos os continentes, e que a maioria dos europeus não deseja uma liderança forte de Pequim nas questões mundiais.

De acordo com a pesquisa, 60 por cento dos europeus e 58 por cento dos norte-americanos têm uma imagem ruim da China, que é vista mais como uma ameaça econômica do que como parceira. Para 49 por cento dos norte-americanos, a China é também uma ameaça militar, "posição que é bastante minoritária na Europa.

A Rússia também é malvista por 59 por cento dos entrevistados nos Estados Unidos, 62 por cento na União Europeia e 68 por cento na Turquia.

Sobre a Síria, 62 por cento dos norte-americanos e 72 por cento dos europeus acreditam que seus países deveriam evitar uma intervenção militar na guerra civil, que já matou mais de 100 mil pessoas em dois anos e meio.

Só 30 por cento nos EUA e 22 por cento na Europa são favoráveis à intervenção.

Na Turquia, país que faz fronteira com a Síria, o apoio à não-intervenção ficou em 72 por cento.

Em todas as regiões, a pesquisa mostrou um crescimento da resistência à intervenção em relação ao ano passado.

Quanto ao Irã, europeus e norte-americanos acham que as sanções econômicas são a melhor forma de impedir o país de obter armas nucleares. Pouquíssimos europeus, mas 18 por cento dos norte-americanos, são favoráveis a uma intervenção militar no Irã como primeira opção para lidar com o problema.

Mas a cifra sobe para 48 por cento na Europa e 64 por cento nos EUA num cenário em que os esforços pacíficos pela solução do impasse fracassassem. O Irã nega ter a intenção de desenvolver armas nucleares, e negocia atualmente com a ONU para abrir suas instalações atômicas a inspeções.

A pesquisa foi feita entre 3 de junho e 2 de julho nos seguintes países: Alemanha, França, Holanda, Itália, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Turquia. Foram ouvidas cerca de mil pessoas em cada país.

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