PUBLICIDADE

Oriente Médio

Al-Qaeda anuncia incorporação do grupo somali Al-Shabab

9 fev 2012 - 16h29
(atualizado às 18h16)
Compartilhar

O líder da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, anunciou nesta quinta-feira a incorporação da milícia radical islâmica somali Al Shabab.

Em um áudio divulgado em um site habitualmente utilizado pelos grupos islamitas, Zawahiri disse que a união dos dois grupos tem como objetivo "apoiar o bloco jihadista que enfrenta a campanha cruzada e sionista (...) em Cabul, Bagdá e Mogadíscio"".

"Hoje anuncio uma boa notícia para nossa nação islâmica, que dará alegria aos fiéis e prejudicará os cruzados. Esta notícia é a adesão do movimento dos mujahideen Al Shabab à organização Al Qaeda", declarou o dirigente terrorista.

Zawahiri louvou a milícia somali, que controla boa parte do centro e do sul da Somália e combate as tropas do Governo Federal de Transição somali e da Missão da União Africana no país para instaurar um Estado islâmico.

No áudio de 14 minutos, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, o líder da Al Qaeda afirma que o Al Shabab representa "a rocha forte sobre a qual se romperam todas as conspirações dos cruzados e de seus aliados hipócritas".

Ele reconhece o papel da milícia em enfrentar "o ataque dos Estados Unidos, Etiópia e Quênia contra o islã na Somália" e lhe pediu para sequestrar "cruzados e sionistas" para trocá-los por presos islamitas.

O líder do Al Shabab, Ahmed Godane, jurou a Zawahiri "lealdade, com o livro de Deus e a Sharia de seu profeta, e obediência na orientação e na obrigação".

Godane, que se identificou com o nome pelo qual é mais conhecido, Mukhtar Abu Zubeyr, felicitou o líder terrorista pela "derrota dos cruzados no Afeganistão e Iraque".

Além disso, expressou apoio aos "mujahideen em todas as frentes de batalha" e disse que "as bandeiras da vitória já aparecem desdobradas no horizonte".

Zawahiri lidera a Al Qaeda desde a eliminação de Osama bin Laden em maio do ano passado, morto durante uma operação das forças especiais americanas no Paquistão.

EFE   
Compartilhar
Publicidade