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Oriente Médio

Al-Qaeda ameaça atacar Itália: "serão humilhados"

Líder do AQMI acusou país de atrapalhar negociações na Líbia

14 jan 2016 - 16h54
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Foto: Reprodução

Abu Ubaydah Yusuf al-Anabi, um dos líderes do Al-Qaeda au Maghreb Islamique (AQMI), braço da Al Qaeda na África do Norte, ameaçou realizar ataques terroristas na Itália, alegando que o país está ocupando a Líbia.

Em vídeo divulgado nesta quinta-feira, dia 14, o terrorista afirmou que o governo de Roma irá se arrepender de interferir no acordo de paz assinado entre os Parlamentos de Trípoli e Tobruk no início de dezembro. Segundo ele, o novo governo líbio é uma "conspiração" e a Líbia "se vendeu aos estrangeiros".

"Aos novos invasores, netos de Graziani (general de guerra na era fascista na Líbia): vocês vão morder as mãos de arrependimento de ter entrado na terra de Omar al-Mukhtar (herói da resistência líbia) e serão humilhados", diz al-Anabi. O extremista afirma que seu povo "não é de se render" e que os estrangeiros "precisarão passar sobre nossos cadáveres: ou vencemos ou morremos".

O vídeo foi intitulado de "A Itália romana que ocupou a Líbia", segundo a agência de notícias Al-Akhbar, e refere-se a um "general italiano que agora comanda em Trípoli".

Especula-se que os jihadistas estejam falando do general Paolo Serra, um conselheiro militar sênior do enviado das Nações Unidas para o país, Martin Kobler. Ex-colônia italiana, a Líbia sempre despertou muito interesse do governo italiano tanto pelas ligações históricas como pelo fato do país estar muito próximo, através do Mar Mediterrâneo, de seu território.

Desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, os italianos lutam por uma maior atenção internacional para tentar reunificar o pequeno país - dilacerado por uma guerra civil e dividido politicamente em dois Parlamentos rivais.

A veracidade da mensagem não pode ser verificada de maneira independente, mas essa não seria a primeira vez que a Itália é ameaçada por um grupo terrorista. Constantemente, a nação é alvo de propaganda extremista produzida pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis).

Fonte: Ansa
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