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Oriente Médio

AIEA debate nova condenação ao programa nuclear do Irã

17 nov 2011 - 08h28
(atualizado às 09h12)
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O conselho de governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inicia nesta quinta-feira uma reunião de dois dias em Viena para abordar uma proposta feita pelas grandes potências de nova resolução condenando o programa atômico do Irã.

Diplomatas revelaram nesta quinta à Agência Efe que os seis principais membros do conselho - Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha - chegaram a um acordo de princípios para adotar uma resolução para condenar o Irã.

Ainda não foram divulgados os contornos e o conteúdo da resolução, que para ser adotada precisa de uma maioria simples no órgão executivo do organismo nuclear.

Em seu último relatório sobre as atividades atômicas da República Islâmica, a AIEA afirmou ter informações "confiáveis" de que Teerã trabalhou até recentemente no desenvolvimento de armas nucleares. Os iranianos negam as acusações e dizem que as informações foram "inventadas" e "falsificadas".

No documento, o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, concluiu que os dados recebidos pelos inspetores "indicam que o Irã fez atividades importantes para desenvolver uma bomba nuclear".

Relatos dão conta que "antes de 2003 as atividades ocorriam sob um programa estruturado e que algumas poderiam ainda continuar em andamento".

O documento contém anexo de 15 páginas no qual, pela primeira vez, enumeram com detalhes as alegações contra a República Islâmica, incluindo uma explicação sobre por que consideram que as informações recebidas parecem "confiáveis".

Amano destacou que o Irã trabalhou no desenvolvimento do que classificou como "desenho próprio" de uma arma nuclear e "na compra de informação e documentação de uma rede clandestina de material atômico".

O coordenador da agência também fez referência às experiências com explosivos especiais, programas de computadores e a criação de detonadores, entre outras atividades relevantes para o desenvolvimento de uma bomba.

Uma fonte diplomática próxima à AIEA disse na semana passada que "o detalhamento dá uma imagem bastante exaustiva do que é preciso para construir uma arma nuclear".

O caso iraniano está desde 2006 no Conselho de Segurança da ONU que, desde então, emitiu quatro rodadas de sanções diplomáticas, comerciais e nucleares contra Teerã.

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Foto: Terra
EFE   
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