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Oriente Médio

AI pede que Irã não execute mulher condenada por adultério

9 jul 2010 - 16h35
(atualizado às 16h48)
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A Anistia Internacional (AI) pediu nesta sexta-feira às autoridades iranianas que não executem "por nenhum método" Sakineh Mohammadi Ashtiani, achada culpada de adultério, depois que o Governo do Irã tenha revogado a princípio sua condenação à morte por apedrejamento.

Perante a repercussão internacional do caso, a embaixada iraniana em Londres anunciou na quinta-feira em comunicado que Ashtiani, 43 anos, não ia ser apredrejada, castigo ao qual foi sentenciada por ter tido, supostamente, uma relação extramatrimonial.

Em comunicado, a AI assinala que, embora tenha sido retirada sua condenação por apedrejamento, que foi ratificada pela Corte Suprema do Irã em maio de 2007, ainda é possível que a vítima, que se declara inocente, seja enforcada.

"Uma mera mudança de método de execução não abordará a injustiça enfrentada por Ashtiani", afirma a subdiretora da AI para o Oriente Médio e Norte da África, Hassiba Hadj Sahraoui.

"O comunicado das autoridades iranianas não especifica que autoridades judiciais foram consultadas. Até que ela e seu advogado não recebam uma notificação oficial, pode ser executada a qualquer momento, inclusive por apedrejamento", acrescenta a porta-voz.

Ashtiani foi condenada em maio de 2006 por ter "relações ilícitas" com dois homens, por isso recebeu uma pena de 99 chicotadas.

Após esse fato, voltaram a culpá-la de adultério e foi condenada à morte por apedrejamento.

Governos e grupos de direitos humanos de todo o mundo, assim como personalidades do mundo do espetáculo, reivindicaram clemência para Ashtiani.

Um dos filhos de Ashtiani, Sajad Ghadarzade, 22 anos, enviou uma carta às organizações de direitos humanos na qual negava as acusações de adultério contra sua mãe e se queixava que as máximas autoridades do país tivessem rejeitado seus pedidos de clemência.

EFE   
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