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Oriente Médio

Adolescente morta em Parada Gay em Israel é enterrada

Banki, de 16 anos, foi apunhalada na quinta-feira durante uma manifestação do coletivo de gays, lésbicas e transexuais de Jerusalém

3 ago 2015 - 14h56
(atualizado às 16h02)
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Judeu ultra-ortodoxo esfaqueou participantes de Parada do Orgulho Gay
Judeu ultra-ortodoxo esfaqueou participantes de Parada do Orgulho Gay
Foto: Twitter

A adolescente Shira Banki, atacada por um extremista ultra-ortodoxo durante a Parada do Orgulho Gay em Jerusalém na quinta-feira passada, foi enterrada nesta segunda-feira em Israel. O funeral foi realizado no kibutz (fazenda coletiva) Najshon, na metade de caminho entre Jerusalém e Tel Aviv, com a participação de milhares de pessoas -entre elas vários adolescentes e membros da comunidade homossexual- e sem a presença de câmeras de televisão.

Banki, de 16 anos, foi apunhalada na quinta-feira durante uma manifestação do coletivo de gays, lésbicas e transexuais de Jerusalém, na qual protestavam pela indiferença das autoridades israelenses diante dos constantes ataques e da discriminação sofrida por estas pessoas.

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"Esta foi uma morte desnecessária de uma adolescente que não tinha mal nenhum e que estava cheia de boas intenções", disseram hoje durante o sepultamento seus pais, Uri e Mika, dois conhecidos advogados de Jerusalém, em uma alocução facilitada à imprensa. "Não temos nenhuma disputa com aquelas pessoas que usam solidéu ou barba", asseguraram os pais da jovem em alusão ao atacante, o ultra-ortodoxo Yishai Shlizel, e advertiram dos perigos da intolerância.

Segundo afirmou aos meios de comunicação a ex-presidente do Tribunal Supremo israelense Dorit Beinish, amiga da família, "não há palavras para expressar a comoção. Esta é uma desgraça para todos nós, não só para a família".

Shlizel, que acabara de sair de prisão por um ataque idêntico cometido em 2005, atacou na quinta-feira um grupo de pessoas que participavam da passeata e, no meio da confusão, chegou a apunhalar seis delas, antes de ser rendido pela polícia. Banki, que sofreu ferimentos mais graves, faleceu no domingo no hospital de Jerusalém no qual estava internaa.

O ataque, registrado um dia antes que supostos extremistas judeus mataram um bebê palestino em uma ação com coquetéis molotov na aldeia cisjordaniana de Duma, provocou a condenação generalizada da sociedade israelense.

No sábado, milhares de pessoas saíram às ruas das principais cidades do país para exigir tolerância e condenar ambos fatos, em uma onda de solidariedade que reuniu políticos de direitas e esquerda.

EFE   
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